A laqueadura tubária (cirurgia para ligar as trompas) é a cirurgia de esterilização definitiva da mulher. Essa cirurgia promove a obstrução das tubas uterinas (trompas), impossibilitando a chegada do espermatozoide ao óvulo e impedindo, assim, a fecundação.
Quer saber mais sobre esta cirurgia, quem pode fazer, como é feita e outras questões? Continue lendo este artigo!
Médica que faz a laqueadura tubária
A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista com vasta experiência em cirurgias ginecológicas dos mais diversos tipos, inclusive a laqueadura tubária.
Em sua consulta, a Dra. Giulia tirará todas as suas dúvidas sobre a laqueadura, sem pressa, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
A Dra. Giulia entende que a laqueadura tubária é uma escolha da mulher e te ajudará a tomar a melhor decisão com relação ao seu método contraceptivo, seja ele a cirurgia ou não.
A Dra. Giulia é médica ginecologista com mais de 10 anos de experiência. Formou-se em Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington.
Veja abaixo alguns depoimentos de pacientes que fizeram cirurgias com a Dra. Giulia:
Veja algumas opiniões de pacientes que já se consultaram com a Dra. Giulia:
Sumário
- Médica que faz a laqueadura tubária
- Será que eu posso fazer a laqueadura tubária?
- Posso ligar as trompas na minha cesárea?
- O que acontece com o corpo da mulher após a laqueadura tubária?
- A laqueadura tubária é 100% eficaz?
- É possível fazer a reversão da ligadura de trompas?
- Vantagens da laqueadura tubária
- Como é feita a laqueadura tubária?
- Quais são os riscos da cirurgia?
- Como é a recuperação da cirurgia?
- Deseja fazer laqueadura tubária?
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Será que eu posso fazer a laqueadura tubária?
Antes de mais nada, precisamos conhecer a lei brasileira. No Brasil, a mulher pode ser submetida ao procedimento nas seguintes situações:
- Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto;
- Tendo capacidade civil plena, sendo maior de 21 anos de idade OU com pelo menos 2 filhos vivos.
Preste atenção: uma mulher de 21 anos mesmo sem filhos pode fazer laqueadura tubária. Da mesma forma, uma mulher de 18 anos com dois filhos vivos também pode ligar as trompas.
Ainda são obrigatórios alguns procedimentos, previstos em lei:
- Preenchimento de um termo de consentimento escrito e firmado;
- Aconselhamento multidisciplinar, para informação dos riscos da cirurgias e de outros métodos contraceptivos;
- Esperar no mínimo 60 dias entre a manifestação da vontade (que geralmente ocorre em consulta médica) e a cirurgia.
Antigamente, também era necessário o consentimento do parceiro para a realização da laqueadura tubária. Hoje em dia, este procedimento não é mais necessário.
Posso ligar as trompas na minha cesárea?
Antigamente, só era possível realizar a laqueadura tubária durante a cesárea em caso de comprovada necessidade, devido a múltiplas cesáreas anteriores.
Porém, com a nova lei, o direito à laqueadura tubária durante a cesárea está garantido à gestante, desde que respeitado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o parto.
O que acontece com o corpo da mulher após a laqueadura tubária?
Se você pensa em fazer uma laqueadura tubária, você precisa saber sobre as mudanças que acontecerão no seu corpo após essa cirurgia. Sim, você poderá perceber outras mudanças além de não engravidar mais!
Quando ligamos as trompas, ocorre lesão dos vasos sanguíneos das trompas e dos ovários. Como os ovários produzem hormônios, o comprometimento de seu suprimento sanguíneo pode causar diversas alterações hormonais.
Assim, há várias repercussões no organismo:
- Tensão pré-menstrual
- Sintomas climatéricos: ondas de calor, secura vaginal
- Dor nas mamas
- Alterações menstruais: irregularidade, sangramento de escape, cólicas menstruais, aumento ou diminuição do fluxo menstrual
Além disso, após a cirurgia a mulher também pode apresentar dor pélvica crônica. Esta pode ser causada por lesão dos nervos da parede abdominal, ou pela formação de aderências pélvicas decorrentes da cicatrização.
Conclusão: a laqueadura tubária pode ser um ótimo método se você tem certeza de que não deseja mais engravidar. Mas, assim como qualquer outra cirurgia e qualquer outro método contraceptivo, também causa mudanças no seu corpo.
A laqueadura tubária é 100% eficaz?
Apesar de ser considerada um método definitivo, a laqueadura não é 100% eficaz. Ou seja, uma mulher pode engravidar depois que for operada, mesmo que o risco seja mínimo.
Quando isso acontece, a chance de esta mulher ter uma gravidez ectópica (fora do útero) é maior do que na população em geral. Mesmo assim, isso é muito raro.
É possível fazer a reversão da ligadura de trompas?
A reversão da laqueadura tubária depende da técnica que foi realizada, ou seja, nem todas as técnicas permitem a reversão.
No entanto, mesmo quando cirurgia de reversão é possível, a gestação espontânea pode ser muito difícil. Boa parte das mulheres pode acabar precisando de fertilização in vitro (FIV) para engravidar novamente.
Assim, a laqueadura é considerada um método irreversível. Sendo, portanto, desaconselhada para mulheres que porventura possam mudar de ideia sobre ter filhos no futuro.
Vantagens da laqueadura tubária
Afinal, por que tantas mulheres optam por realizar a laqueadura tubária?
A ligadura das trompas tem diversas vantagens e benefícios:
- É um método permanente, ideal para mulheres que têm certeza de que não querem ter mais filhos
- É um método extremamente eficaz, com taxa de falha de aproximadamente 0,5%
- A mulher não precisa se preocupar em ficar tomando remédio todo dia, ou toda semana, ou todo mês
- É financeiramente vantajoso, afinal, dura para o resto da vida
- Quando realizada pela técnica da salpingectomia (retirada da trompa inteira), está associada à redução do risco do câncer de ovário
Como é feita a laqueadura tubária?
Existem várias técnicas para fazer a ligadura das trompas.
A técnica mais comum consiste em amarrar, cortar e retirar um pedaço das tubas uterinas (trompas). Com isso, há um bloqueio do encontro do espermatozoide com o óvulo, impedindo assim a fecundação.
A laqueadura tubária pode ser feita por diferentes vias:
- Abdominal: feita por meio de um corte na no abdome, geralmente o mesmo corte da cesárea.
- Laparoscópica (cirurgia por vídeo): é uma técnica minimamente invasiva. Pequenos orifícios são feitos no abdome da paciente, permitindo a introdução de uma câmera e dos instrumentos necessários para a realização da cirurgia.
- Vaginal: é feita por meio de uma incisão no fundo da vagina, por onde o médico acessa as trompas.
Quais são os riscos da cirurgia?
Toda cirurgia tem riscos. Apesar de a laqueadura tubária ser uma cirurgia relativamente simples, ela também pode ter complicações, apesar de raras. Entre as complicações da laqueadura, podemos listar:
- Infecção
- Sangramento
- Lesão de órgãos vizinhos, como bexiga e intestino
- Reações adversas à anestesia
Como é a recuperação da cirurgia?
A recuperação pós-operatória depende da via de acesso pela qual a cirurgia foi realizada.
Via de regra, a recuperação da cirurgia por via laparoscópica e por via vaginal é mais rápida e menos dolorosa do que pela via abdominal.
Algumas orientações são comuns a todas as vias de acesso:
- Não realizar esforço nem atividades físicas nas primeiras semanas
- Não ter relações sexuais nas primeiras semanas
- Beber bastante líquido
- Tomar as medicações conforme receita médica
- Manter uma alimentação saudável
Deseja fazer laqueadura tubária?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas.
Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusividade médica.
Entendo que a laqueadura tubária é uma escolha da mulher. Entendo também que é minha obrigação fornecer à paciente todas as informações necessárias para que ela tome a melhor decisão para a vida dela.
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