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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

O câncer de endométrio é um tipo de câncer uterino que se origina nas células de revestimento interno do útero.

Este tipo de câncer é o mais comum entre os cânceres ginecológicos nos países desenvolvidos, e sua incidência tem aumentado nas últimas décadas. Este aumento pode ser atribuído a vários fatores, incluindo o envelhecimento da população, a obesidade e mudanças nos padrões reprodutivos.

Continue lendo para entender!

Sumário

Qual é o médico que trata o câncer de endométrio?

O médico mais capacitado para tratar o câncer de endométrio é o ginecologista especializado em Oncologia Ginecológica, o ramo da ginecologia que cuida de tumores do aparelho genital.

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especialista em Oncologia Ginecológica, e fez a sua especialização nesta área no Hospital Pérola Byington em São Paulo, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:

Fatores de Risco para o Câncer de Endométrio

Vários fatores de risco foram identificados para o câncer de endométrio.

Para entender alguns dos fatores de risco, primeiro precisamos entender que o endométrio sofre influência dos hormônios estrogênio e progesterona.

Primeiramente, o estrogênio estimula as células do endométrio a se proliferarem. Já a progesterona faz o endométrio ficar estável, impedindo essa proliferação.

Desta forma, se uma mulher fica exposta a muito estrogênio, por um período muito prolongado, e sem a oposição da progesterona, ela fica sob risco de desenvolver câncer de endométrio.

Os fatores de risco mais importantes para o câncer de endométrio são:

  1. Idade: O risco de desenvolver câncer de endométrio aumenta com a idade, sendo mais comum após a menopausa.
  2. Obesidade: A obesidade é um dos principais fatores de risco. O tecido adiposo converte andrógenos em estrogênios, aumentando os níveis de estrogênio no corpo.
  3. História Reprodutiva: Mulheres que nunca tiveram filhos (nulíparas) têm um risco maior. A gravidez reduz a exposição ao estrogênio, uma vez que os níveis de progesterona estão elevados durante a gestação.
  4. Menarca precoce e menopausa tardia: Quanto maior o período do menacme (idade fértil), maior o período de exposição ao estrogênio.
  5. Terapia de reposição hormonal: Caso o uso de estrogênio seja feito sem a oposição da progesterona.
  6. Síndrome dos ovários policísticos (SOP): Mulheres com SOP têm níveis hormonais anormais, incluindo altos níveis de estrogênio, o que pode aumentar o risco.
  7. Diabetes: Existe uma associação entre diabetes e câncer de endométrio, embora a razão exata ainda não esteja completamente elucidada.
  8. História familiar: Ter um parente próximo com câncer de endométrio ou com síndromes hereditárias de câncer, como a síndrome de Lynch, pode aumentar o risco.

obesidade
A obesidade é um fator de risco para o câncer de endométrio.

Tipos de Câncer de Endométrio

O câncer de endométrio pode ser classificado em diferentes tipos histológicos, sendo os mais comuns:

  1. Carcinoma endometrioide: Representa cerca de 75-80% dos casos. Este tipo está frequentemente associado à hiperplasia endometrial e à exposição ao estrogênio sem oposição da progesterona.
  2. Carcinoma seroso: Representa cerca de 10% dos casos. Este tipo não está associado à exposição ao estrogênio e tende a ser mais agressivo, com pior prognóstico.
  3. Carcinoma de células claras: Também é um tipo mais raro e agressivo.
  4. Carcinossarcoma: Embora raro, é um tipo de câncer particularmente agressivo que contém componentes carcinomatosos e sarcomatosos.
  5. Sarcoma do estroma endometrial: Também é um tipo raro e agressivo.

câncer de endométrio
O câncer de endométrio surge a partir das camadas de revestimento interno do útero.

Hiperplasias Endometriais

A hiperplasia endometrial é uma condição caracterizada pelo espessamento do endométrio devido ao aumento do número de células endometriais. As hiperplasias endometriais podem ser classificadas em:

  • Hiperplasia endometrial sem atipias: há uma proliferação das células do endométrio, porém estas células estão com a aparência normal. Este tipo de hiperplasia tem chance de menos de 5% de virar um câncer de endométrio.
  • Hiperplasia endometrial com atipias: as células têm alteração no tamanho e forma, ou seja, são diferentes das células normais do endométrio. Este tipo de hiperplasia tem chance de 8 a 30% de virar um câncer de endométrio.

hiperplasia endometrial
A hiperplasia endometrial é um espessamento na camada de revestimento interno do útero, que ocorre devido a uma multiplicação das células endometriais.

Hiperplasia endometrial sem atipias

As hiperplasias sem atipias, por terem um baixo risco de progressão para câncer de endométrio, podem ser tratadas clinicamente.

O tratamento se baseia na administração de progestágenos, já que a progesterona impede a multiplicação das células de endométrio. Esses progestágenos podem ser orais, injetáveis ou através do DIU Mirena.

Além disso, é importante o monitoramento regular, com realização de biópsias endometriais periódicas para avaliar a resposta ao tratamento.

Hiperplasia endometrial com atipias

Devido ao maior risco de progressão para câncer de endométrio, o tratamento da hiperplasia com atipias na maioria das vezes é a histerectomia (remoção cirúrgica do útero) com a ooforectomia (remoção cirúrgica dos ovários).

Para mulheres que desejam engravidar ou que têm risco alto para a cirurgia, é possível realizar o tratamento com progestágenos, sejam eles por via oral, injetáveis ou DIU Mirena.

Se o tratamento conservador é escolhido, é necessário um monitoramento muito mais rigoroso com biópsias endometriais frequentes para detectar qualquer processo maligno o mais cedo possível.

Sintomas do Câncer de Endométrio

Os sintomas do câncer de endométrio podem variar, mas os mais comuns incluem:

  1. Sangramento pós-menopausa: É o sintoma mais frequente.
  2. Sangramento uterino anormal: Em mulheres na pré-menopausa, pode se manifestar como fluxo menstrual intenso ou sangramento entre períodos menstruais.
  3. Corrimento vaginal anormal: Corrimento aquoso ou com sangue.
  4. Dor pélvica: Pode ocorrer em estágios avançados da doença.
  5. Perda de peso inexplicável: Em casos mais avançados.
  6. Sintomas urinários: Como micção frequente ou dificuldade em urinar, podem ocorrer se o tumor estiver pressionando a bexiga.

Como saber se eu estou com câncer de endométrio?

O diagnóstico do câncer de endométrio geralmente envolve várias etapas:

  1. História médica e exame físico: Avaliação dos sintomas e exame ginecológico pode fazer o médico suspeitar da doença, principalmente em casos mais avançados.
  2. Ultrassonografia transvaginal: Utilizada para medir a espessura do endométrio. Uma espessura aumentada pode indicar hiperplasia ou câncer.
  3. Biópsia endometrial: É o procedimento padrão para confirmar o diagnóstico. Geralmente, é realizada durante uma histeroscopia diagnóstica.
  4. Histeroscopia: Procedimento que introduz uma câmera no interior do útero, permitindo a visualização do endométrio. Também é possível a realização de biópsias.
  5. Curetagem uterina: Pode ser realizada para obter uma amostra de tecido endometrial em casos de suspeita forte ou se a biópsia não foi conclusiva.
  6. Exames de imagem: Como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem ser utilizados para avaliar a extensão da doença.

histeroscopia
A histeroscopia diagnóstica é um exame que permite a realização de biópsias para confirmar o diagnóstico de câncer de endométrio.

Como tratar o câncer de endométrio?

O tratamento do câncer de endométrio depende do estágio da doença, do tipo histológico e da saúde geral da paciente. As opções de tratamento incluem:

  1. Cirurgia: É o principal tratamento para a maioria dos casos. A cirurgia geralmente envolve histerectomia total (remoção do útero), salpingo-ooforectomia bilateral (remoção das trompas e ovários) e, em alguns casos, linfadenectomia (remoção dos linfonodos pélvicos e para-aórticos, que são os gânglios da pelve).
  2. Radioterapia: Pode ser utilizada como tratamento adjuvante após a cirurgia, especialmente em casos de alto risco de recidiva. A radioterapia pode ser externa ou braquiterapia (interna).
  3. Quimioterapia: Utilizada em casos avançados ou metastáticos.
  4. Terapia hormonal: Pode ser uma opção para mulheres com câncer de endométrio em estágio inicial que desejam preservar a fertilidade ou para tratar doenças avançadas. Inclui o uso de progestágenos, tamoxifeno ou inibidores da aromatase.

Está com suspeita de câncer de endométrio?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica. Realizo atendimentos a mulheres de todas as idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento de tumores ginecológicos. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e consultório.

Durante as consultas, busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Isto é, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento.

Além disso, faço questão de esclarecer todas as dúvidas de minhas pacientes, sem pressa, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

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