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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

Métodos contraceptivos são utilizados para impedir o encontro dos espermatozoides com o óvulo, impossibilitando, assim, a gravidez.

Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos disponíveis para evitar uma gravidez indesejada. A camisinha (masculina ou feminina) é o único método contraceptivo que previne simultaneamente contra infecções sexualmente transmissíveis.

Entre os métodos disponíveis, podemos citar, além da camisinha:

  • DIU (hormonal ou não hormonal)
  • Pílula combinada (que pode ser contínua ou não)
  • Pílula de progesterona isolada
  • Injeção (mensal ou trimestral)
  • Anel vaginal
  • Implante contraceptivo
  • Adesivo
  • Laqueadura: cirurgia de esterilização feminina

Vale lembrar que nenhum método é 100% efetivo, nem mesmo a laqueadura.

Vamos falar sobre cada um dos métodos contraceptivos neste artigo. Continue lendo!

Sumário

Qual é o médico que prescreve métodos contraceptivos?

O médico especialista em prescrever métodos contraceptivos é o ginecologista.

A Dra. Giulia é médica ginecologista especializada em oncologia ginecológica e sexologia. Em sua consulta particular, ela deixa suas pacientes à vontade para tirar dúvidas, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.

Se você deseja evitar uma gravidez, ela vai te explicar tudo sobre todos os métodos contraceptivos, para que você possa escolher o método que melhor se adeque ao seu estilo de vida!

Quer conhecer a Dra. Giulia melhor? Clique aqui para saber o que pacientes reais falam sobre ela!

Veja abaixo alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:

Dispositivo Intrauterino (DIU)

Os Dispositivos Intrauterinos são métodos contraceptivos inseridos dentro do útero com o objetivo de prevenir a gravidez. São métodos altamente eficazes, com a eficácia semelhante à da laqueadura tubária (ligadura das trompas).

Além disso, são métodos contraceptivos de longa duração, que não necessitam de tomadas diárias, sendo, portanto, ideais para adolescentes.

DIU de cobre

O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal.

Seu mecanismo de ação consiste na liberação de pequenas quantidades de cobre no interior do útero, o que provoca uma reação inflamatória local. Isso altera o pH uterino, tornando o útero hostil aos espermatozoides. Além disso, o DIU também altera a motilidade das trompas.

Tudo isso faz com que o espermatozoide não consiga chegar ao óvulo, impedindo a fecundação. Ou seja, o DIU não é abortivo!

Existem várias apresentações do DIU de cobre, sendo o clássico com duração de 10 anos, e outras apresentações com duração de 3 ou 5 anos.

O DIU de cobre pode provocar alguns efeitos colaterais, tais como:

  • Aumento da intensidade do fluxo menstrual
  • Aumento da duração da menstruação
  • Aumento das cólicas menstruais

diu cobre
DIU de cobre clássico.

DIU de prata

O DIU de prata também é um método contraceptivo não hormonal. Seu mecanismo de ação é semelhante ao do DIU de cobre. Tem duração de 5 anos.

Os efeitos colaterais do DIU de prata também incluem aumento da duração e da intensidade do fluxo menstrual e aumento das cólicas menstruais. No entanto, estes sintomas tendem a ocorrer com menor intensidade do que com o DIU de cobre.

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DIU de prata.

DIU Mirena

O DIU Mirena é um dos métodos contraceptivos mais procurados pelas mulheres na atualidade e não é à toa.

Este DIU é composto pelo levonorgestrel, uma progesterona sintética que é liberada progressivamente dentro do útero.

O seu mecanismo de ação consiste em alterar o muco cervical, o pH uterino e a motilidade das trompas, impedindo a fecundação. Na maioria das mulheres, o DIU Mirena não provoca anovulação! Ou seja, a mulher continua ovulando.

mirena
DIU Mirena.

Além disso, este DIU também trata condições como endometriose, adenomiose e sangramento uterino anormal.

Como efeitos colaterais, o Mirena pode causar acne, queda de cabelo e aumento da oleosidade da pele em algumas mulheres.

Na maioria das mulheres, o Mirena provoca amenorreia, ou seja, a mulher para de menstruar. Porém, algumas mulheres podem apresentar escapes, que são sangramentos irregulares em pequena quantidade.

Na maioria das vezes, os escapes duram apenas alguns meses.

Pela bula, o Mirena tem duração de 5 anos. Porém, entidades americanas já aprovaram o seu uso em até 8 anos.

DIU Kyleena

O DIU Kyleena também é composto pelo hormônio levonorgestrel, porém em quantidades menores que o DIU Mirena. Além disso, tem um tamanho discretamente menor.

Seu mecanismo de ação é semelhante ao do Mirena. Porém, o Kyleena não trata condições como endometriose, adenomiose e sangramento uterino anormal, A duração do DIU Kyleena é de 5 anos.

Seus efeitos colaterais também são semelhantes aos do DIU Mirena. Conduto, devido à menor quantidade de hormônio, estes efeitos aparecem menos frequentemente, e em menor intensidade.

Geralmente, a mulher que usa o Kyleena continua menstruando todos os meses, porém em pequena quantidade.

Métodos contraceptivos hormonais

Além dos DIUs Mirena e Kyleena, existem diversos outros métodos contraceptivos hormonais no mercado. Vamos entender como eles funcionam.

Primeiramente, todos os métodos contraceptivos hormonais são à base de progesterona. É a progesterona que garante o efeito contraceptivo do método.

Alguns métodos contraceptivos, ainda, têm estrogênio em sua composição. O estrogênio serve para permitir sangramentos em intervalos programados. Isso tem duas utilidades:

  1. Quando não há esse sangramento programado, há mais chance de haver sangramentos de escape.
  2. Muitas mulheres têm a necessidade de sangrar periodicamente, simulando uma menstruação. Tanto por questões culturais, quanto para “saberem que não estão grávidas”.

O Estrogênio

A função do estrogênio nos métodos contraceptivos hormonais é, principalmente, reduzir a incidência de escapes e permitir que a mulher tenha sangramentos periódicos.

No entanto, o estrogênio pode provocar alguns efeitos colaterais, tais como: náuseas, dor de cabeça, inchaço nas mamas.

Quanto maior a dose de estrogênio, menor a chance de escapes. Assim, pílulas com maior dose de estrogênio têm menor chance de escape, mas mais efeitos colaterais relacionados ao estrogênio. Por outro lado, pílulas sem estrogênio têm maior chance de escape.

Além disso, você já deve ter ouvido falar da associação entre anticoncepcionais e trombose, certo? Pois bem, na verdade, é o estrogênio o hormônio que está associado ao risco de trombose. Anticoncepcionais de progesterona isolada não aumentam o risco de trombose!

A Progesterona

Como dito anteriormente, é a progesterona que dá o efeito anovulatório aos métodos contraceptivos.

Com relação à trombose, devemos ter em mente:

  • Os níveis de progesterona em um anticoncepcional são muito menores que em uma gravidez;
  • Pacientes com risco aumentado de trombose podem tomar anticoncepcional de progesterona isolada;
  • O risco de trombose associado aos anticoncepcionais não está relacionado à progesterona, e sim ao estrogênio!

trombose
O estrogênio é o hormônio relacionado à trombose. A progesterona não está associada ao aumento do risco de trombose!

Tipos de métodos contraceptivos hormonais

Os métodos contraceptivos hormonais podem ser combinados (compostos por estrogênio e progesterona) ou isolados (compostos apenas por progesterona).

Entre os métodos combinados, temos:

  • Pílulas combinadas
  • Injeção mensal
  • Adesivo
  • Anel vaginal

Entre os métodos isolados, temos:

  • Pílulas isoladas
  • Injeção trimestral
  • Implante contraceptivo

Como escolher o melhor método?

Para escolher o melhor método contraceptivo, devemos considerar as características do método, além das características individuais de cada paciente.

Características do método: vantagens, desvantagens e contraindicações.

Características da paciente: Quantos anos ela tem? Toma algum remédio de uso contínuo? Fuma ou já fumou? Tem ou já teve algum problema de saúde? Lembraria de tomar um remédio todo dia no mesmo horário? Quer engravidar nos próximos anos? Como é o padrão menstrual dela – o fluxo dura 3 ou 8 dias? Sangra muito forte ou é bem pouquinho? Tem muitas cólicas? Está amamentando?

Existem contraindicações para cada método. Por exemplo, histórico pessoal de determinadas doenças, uso de algumas medicações, ou padrão do fluxo menstrual. Alguns exemplos:

  • pacientes em uso de determinados anticonvulsivantes não devem tomar alguns tipos de anticoncepcionais combinados já que há interação entre estes medicamentos
  • pacientes com fluxo menstrual aumentado devem evitar o DIU de cobre já que este pode aumentar o sangramento
  • pacientes com histórico de trombose venosa profunda também não devem usar métodos contendo estrogênio.

Da mesma forma, alguns métodos são preferenciais para mulheres com determinadas condições. Por exemplo, pacientes com síndrome dos ovários policísticos se beneficiam do uso de contraceptivos à base de progesteronas antiandrogênicas.

Percebe que temos muito mais informações a saber sobre a paciente do que sobre o método? Por isso, não existe “o melhor método”, e sim aquele que é melhor para cada paciente!

Quer saber mais sobre métodos contraceptivos?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas as idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas.

Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental.

Comigo, você terá participação na decisão de seu método contraceptivo, não sendo esta decisão exclusividade médica.

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