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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

O câncer de vagina é uma forma rara de câncer. Ele representa apenas cerca de 1% dos cânceres ginecológicos, acometendo principalmente mulheres entre 60 e 65 anos.

Este câncer se desenvolve nas células que revestem a superfície vaginal, as células epiteliais.

Se não tratado, o câncer de vagina continua crescendo e invade os órgãos ao redor. Ele pode acabar invadindo os vasos sanguíneos e linfáticos e se disseminar para a bexiga, reto, linfonodos e outras partes do corpo.

Sumário

Qual é o médico que trata o câncer de vagina?

O médico mais capacitado para tratar o câncer de vagina é o ginecologista especializado em Oncologia Ginecológica, o ramo da ginecologia que cuida de tumores do aparelho genital.

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especialista em Oncologia Ginecológica, e fez a sua especialização nesta área no Hospital Pérola Byington em São Paulo, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja agora alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:

Fatores de risco para o câncer de vagina

Conhecer os fatores de risco para o câncer de vagina é fundamental para a sua prevenção. Veja alguns dos principais:

  1. Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano): é o principal fator de risco. A maioria dos casos de câncer de vagina está ligada a infecções persistentes pelo HPV.
  2. Idade avançada: mulheres acima de 60 anos têm maior probabilidade de desenvolver a doença. O risco aumenta com a idade.
  3. Histórico de câncer: mulheres que já tiveram câncer de colo de útero ou câncer de vulva têm maior risco.
  4. Lesões precursoras de câncer: as Neoplasias Intraepiteliais Vaginais (NIVA) são lesões pré-câncer que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer de vagina.
  5. Sistema imunológico comprometido: condições que enfraquecem o sistema imunológico, como o HIV não tratado e o uso de imunossupressores, podem aumentar o risco de câncer de vagina.

câncer de colo de útero
O histórico pessoal de câncer de colo de útero é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de vagina.

Sintomas do câncer de vagina

Os sintomas do câncer de vagina podem ser sutis e muitas vezes são confundidos com outras condições. Por isso, devemos estar atentos a:

  • Sangramento vaginal anormal: sangramento fora do período menstrual, após a menopausa ou após a relação sexual;
  • Corrimento vaginal: um corrimento anormal, possivelmente com mau odor
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor pélvica constante;
  • Problemas urinários: dificuldade para urinar ou dor ao urinar;
  • Feridas podem surgir na entrada da vagina. Às vezes, elas sangram e ficam infeccionadas.

Em casos avançados, pode haver, ainda, a formação de fístulas (comunicações) entre a vagina e a bexiga (fístula vesicovaginal) ou entre a vagina e o reto (fístula retovaginal).

Na fístula vesicovaginal, a mulher percebe a saída de urina continuamente pela vagina. Já na fístula retovaginal, por outro lado, a mulher pode perceber a saída de fezes pela vagina.

Qual é a lesão pré-câncer de vagina?

O câncer de vagina surge a partir de uma lesão precursora, chamada Neoplasia Intraepitelial Vaginal (NIVA).

Assim, a NIVA é uma condição pré-câncer em que há uma proliferação anormal de células na camada mais superficial de revestimento da vagina. Essa alteração pode ser classificada em diferentes graus de severidade, variando de leve (NIVA 1) a grave (NIVA 3).

O diagnóstico e o tratamento da NIVA são fundamentais para evitar o surgimento do câncer de vagina.

Como saber se eu tenho NIVA?

O diagnóstico de NIVA é feito por meio de uma combinação de exames:

  • Papanicolaou (colpocitologia oncótica): detecta alterações nas células da vagina
  • Colposcopia: um exame visual detalhado da vagina, que permite a visualização de áreas anormais na mucosa vaginal
  • Biópsia de vagina: se a colposcopia identificar áreas suspeitas, uma biópsia pode ser realizada para confirmação do diagnóstico e para determinar o grau da NIVA
  • Testes para HPV: como a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é um fator de risco importante, testes para detectar HPV de alto risco podem auxiliar no diagnóstico.

colposcopia
A colposcopia é um exame fundamental para diagnosticar as lesões precursoras do câncer de vagina.

Como tratar a NIVA?

O tratamento da NIVA depende do grau da neoplasia, da localização e do estado geral de saúde da paciente. As opções incluem:

  • Acompanhamento: em casos de NIVA 1 (lesão de baixo grau), pode ser adotada uma abordagem de vigilância ativa com exames periódicos, dado que a maior parte das lesões regridem espontaneamente.
  • Vaporização a laser: para lesões de alto grau (NIVA 2 e 3), a laserterapia pode ser utilizada para destruir as áreas anormais.
  • Terapia tópica: em alguns casos, podem ser utilizados agentes imunomoduladores ou quimioterápicos tópicos, como o imiquimode ou o 5-fluorouracil (5-FU) para tratar as lesões.

laser de co2
O laser de CO2 é uma opção de tratamento para as NIVAs.

Como saber se eu tenho câncer de vagina?

O médico suspeita de um câncer de vagina a partir dos sintomas apresentados pela paciente e das alterações observadas no exame físico, ou a partir de um exame de Papanicolaou alterado.

Durante o exame pélvico, o ginecologista é capaz de observar um tumor crescendo dentro da vagina. Além disso, é possível determinar o tamanho do tumor e se ele invade outras estruturas, como o colo do útero, a bexiga e o reto.

Para confirmar o diagnóstico do câncer de vagina, o médico deve realizar uma coleta dos tecidos da parede vaginal para serem examinados com um microscópio (biópsia). Além disso, para auxiliar o local a ser biopsiado, o médico pode realizar uma colposcopia.

Para determinar a extensão da doença, outros exames também podem ser importantes, tais como:

  • Tomografia computadorizada de tórax
  • Ressonância magnética de abdome superior e pelve
  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET)
  • Cistoscopia

Quais são os tratamentos do câncer de vagina?

O tratamento depende do estágio do câncer e do estado geral de saúde da paciente.

Nos casos de câncer de vagina em estágio mais inicial, a primeira escolha de tratamento é a cirurgia para remover a vagina, o útero e os linfonodos da pelve. Às vezes, a radioterapia é feita após a cirurgia.

Porém, na maior parte dos casos de câncer de vagina, o tratamento realizado é a radioterapía. Geralmente, é uma combinação de dois tipos de radioterapia:

  • Braquiterapia: uma espécie de radioterapia interna, na qual um aplicador é inserido dentro da vagina da paciente;
  • Teleterapia: é a radioterapia externa, direcionada para a pelve.

A quimioterapia é reservada para casos mais avançados ou recidivantes.

Infelizmente, pode ser difícil ou impossível ter relações sexuais após o tratamento do câncer de vagina.

Como prevenir o câncer de vagina?

  • Vacinação contra o HPV: a vacinação contra o HPV é fundamental para prevenir este tipo de câncer, visto que a infecção pelo HPV é seu principal fator de risco;
  • Exames regulares: consultas ginecológicas regulares podem detectar lesões pré-câncer (NIVA), que devem ser tratadas antes de o câncer surgir;
  • Não fumar: o tabagismo está ligado a muitos tipos de câncer, incluindo câncer de vagina;
  • Práticas sexuais seguras: usar preservativo reduz o risco de infecção pelo HPV.

vacina para hpv
A vacinação contra o HPV é uma importante medida para prevenir o câncer de vagina.

Precisa de ajuda?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica. Realizo atendimentos a mulheres de todas as idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento de tumores ginecológicos. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e consultório.

Durante as consultas, busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Isto é, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento.

Além disso, faço questão de esclarecer todas as dúvidas de minhas pacientes, sem pressa, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

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