Você quer colocar o DIU (Dispositivo Intrauterino) e está com medo do que pode sentir? Neste artigo vou te explicar como é o processo de inserção de DIU!
Primeiro de tudo e mais importante: como tudo nessa vida, a experiência é MUITO individual. Ou seja, cada pessoa responde de uma maneira ao colocar o DIU, cada pessoa tem uma tolerância diferente à dor.
Aliás, algumas pessoas normalmente são super tolerantes à dor, e sofrem pra caramba na hora de colocar o DIU. Outras pessoas normalmente são super sensíveis, mas ao colocar o DIU sentem apenas um leve desconforto.
Vamos então listar as possíveis reações que você pode ter ao colocar o DIU!
Sumário
- Qual médico devo procurar para colocar o DIU?
- O que é o DIU?
- Colocar o DIU em consultório
- Colocar o DIU em centro cirúrgico
- O que mais pode acontecer no corpo após colocar o DIU?
- Quais são os tipos de DIU?
- Será que você pode mesmo colocar o DIU?
- Deseja colocar o DIU?
- Você também pode se interessar por:
Qual médico devo procurar para colocar o DIU?
Você já deve imaginar que, para colocar o DIU, deve procurar um médico ginecologista. Então, você deve conhecer a Dra. Giulia Cerutti.
A Dra. Giulia é médica ginecologista especializada em oncologia ginecológica e sexologia. Em sua consulta particular, ela deixa suas pacientes à vontade para tirar dúvidas, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
Se você deseja colocar o DIU, ela vai te explicar tudo sobre todos os tipos de DIU para que você possa escolher o DIU que melhor se adeque ao seu estilo de vida!
Além disso, a Dra. Giulia também pode colocar o DIU em consultório, caso você deseje mais praticidade e rapidez, ou em centro cirúrgico, caso deseje uma experiência sem dor.
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Veja agora alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:
O que é o DIU?
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um dispositivo inserido dentro do útero a fim de prevenir a gravidez.
O DIU tem diversas vantagens, a saber:
- É um dos métodos contraceptivos mais seguros, tendo sua eficácia semelhante à da laqueadura
- Pode ser usado inclusive por mulheres que nunca tiveram filhos
- É um método de longa duração: a validade do DIU varia de 3 a 10 anos, dependendo do tipo de DIU
Colocar o DIU em consultório
Se você deseja praticidade e rapidez, colocar o DIU em consultório talvez seja a opção ideal para você. Continue lendo para entender.
Passo a passo para colocar o DIU
Primeiramente, para colocar o DIU, é necessário passar aquele aparelho chamado espéculo – o mesmo usado para coletar o Papanicolau.
Após isso, pinçamos o colo do útero com uma pinça chamada Pozzi. Nessa hora, é comum que a mulher sinta uma cólica leve.
Em seguida, introduzimos no útero um aparelho chamado histerômetro, que serve para medir o tamanho do útero. Neste momento, a cólica pode ser maior, principalmente se o colo do útero da mulher estiver pouco dilatado.
Então o DIU é inserido, o que também pode causar cólica.
E pronto! O procedimento está finalizado.
O que eu posso sentir ao colocar o DIU?
Algumas mulheres relatam apenas um leve desconforto, e vão embora do consultório sozinhas, logo após o procedimento.
Outras mulheres sentem dor mais intensa e precisam de alguns minutos antes de ir embora.
De uma maneira ou de outra, a dor é sempre muito rápida.
Algumas poucas mulheres têm o que chamamos de resposta vasovagal – falarei sobre isso mais à frente.
A maioria das mulheres sente uma cólica chata nas próximas horas. No entanto, no dia seguinte já não sente mais nenhuma dor.
Colocar o DIU em centro cirúrgico
Por outro lado, se você deseja mais conforto e menos dor, é possível colocar o DIU em centro cirúrgico, com sedação. Este procedimento está indicado principalmente para mulheres que já sabem que são mais sensíveis à dor.
Nesse caso, o médico anestesista injeta medicamentos sedativos e analgésicos na sua veia e você dorme durante todo o processo. Assim, não sentirá nenhuma dor enquanto o ginecologista colocar o DIU.
Porém, você poderá sentir cólica nas horas seguintes após o procedimento.
Colocar o DIU em centro cirúrgico também é muito simples. É necessário ao menos 8 horas de jejum. A paciente recebe alta no mesmo dia.
Realização de histeroscopia
Quando colocamos o DIU em centro cirúrgico, geralmente também realizamos um procedimento chamado histeroscopia. Neste procedimento, uma câmera é introduzida dentro do útero, passando pela vagina e colo do útero.
Por meio desta câmera, conseguimos ver se o DIU está bem posicionado ou não. Assim, caso ele esteja mal posicionado, conseguimos reposicioná-lo, garantindo que a paciente saia do centro cirúrgico com o DIU no lugar certo.
O que mais pode acontecer no corpo após colocar o DIU?
Existem diversos tipos de DIU no mercado. Cada DIU tem suas particularidades e seus efeitos no corpo.
Primeiramente, qualquer DIU pode causar alterações no padrão menstrual e nas cólicas menstruais. Mais adiante, neste artigo, você lerá sobre os tipos de DIU e entenderá como cada DIU pode interferir na sua menstruação.
Além de alterações no padrão menstrual, colocar o DIU também pode causar alguns efeitos no corpo. Continue lendo para entender.
Doença Inflamatória Pélvica (DIPA)
Em alguns casos, ao inserir o DIU, este pode carrear bactérias do colo do útero (principalmente bactérias sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia) para dentro do útero, provocando a chamada Doença Inflamatória Pélvica (DIPA).
Nesse caso, a mulher pode evoluir com corrimento com odor, dor pélvica, dor abdominal intensa, queda do estado geral, febre e até mesmo formar um abscesso (uma bola de pus) nos ovários.
Esta NÃO é uma complicação comum.
O tratamento consiste em antibióticos. Raramente, pode ser necessário internação hospitalar e cirurgia.
Na maioria das vezes não é necessário retirar o DIU!
Resposta vasovagal
É a queda de pressão arterial e da frequência cardíaca em reação a um fator estressante. Geralmente é causada por ambientes fechados ou aglomerados, ficar muitas horas em jejum ou em pé, ou por ansiedade. Mas pode acontecer em mulheres que colocam o DIU devido à dor e ao medo.
Os principais sintomas são palidez (a pessoa fica “branca”), transpiração, calor, desmaio ou sensação de desmaio, náusea, tontura, borramento da visão, dor de cabeça e palpitações.
Neste caso, é recomendado que a mulher deite com as pernas para cima e respire lenta e profundamente.
Expulsão ou deslocamento do DIU
A expulsão ou deslocamento do DIU ocorre principalmente no primeiro mês após a paciente colocar o DIU. Ocorre pois o útero entende o DIU como um corpo estranho e tenta expulsá-lo.
A expulsão ou deslocamento do DIU são mais comuns quando o DIU é inserido imediatamente após o parto.
Quando o DIU está sendo expulso, a mulher pode sentir cólicas intensas, sangramento vaginal ou até mesmo perceber o DIU saindo pela vagina.
Por outro lado, quando o DIU se desloca, a mulher pode não apresentar nenhum sintoma. Nestes casos, o DIU se posiciona no canal cervical, fora da cavidade uterina. Quando o DIU está fora da cavidade uterina, ele deve ser reposicionado ou substituído.
Perfuração do útero
A perfuração do útero ocorre geralmente no momento da inserção do DIU. Porém, apesar de muito raro, o DIU pode sair de sua posição original dentro do útero e migrar espontaneamente para outros órgãos, como a bexiga, ou ficar livre na cavidade abdominal.
Quais são os tipos de DIU?
Se você deseja colocar o DIU, deve primeiro conhecer os diversos tipos de DIU existentes no mercado. Continue lendo para conhecer!
DIU de cobre
O DIU de cobre é um método contraceptivo livre de hormônios. Este método libera quantidades de cobre no útero, o que provoca um processo inflamatório na cavidade uterina. Isso cria um ambiente hostil para o espermatozoide, que não consegue sobreviver dentro do útero.
Assim, o espermatozoide não consegue se encontrar com o óvulo, não havendo fecundação. Desta forma, o DIU não é abortivo.
Existem diversos tipos de DIU de cobre no mercado, com duração de 3 a 10 anos.
Entre os seus efeitos colaterais, o DIU de cobre pode aumentar a intensidade e a duração do fluxo menstrual, além de aumentar as cólicas menstruais. Desta forma, não é indicado para mulheres que já sofrem com estas condições.
DIU de prata
O DIU de prata também é um método contraceptivo sem hormônios. Ele também libera quantidades de prata e de cobre no útero, causando o mesmo efeito contraceptivo que o DIU de cobre. Sua duração é de 5 anos.
O DIU de prata pode causar os mesmos efeitos colaterais que o DIU de cobre: aumento da intensidade e da duração do fluxo menstrual, aumento das cólicas menstrual. Porém, com o DIU de prata, estes sintomas aparecem com menor intensidade.
DIU Mirena
O DIU Mirena é um método contraceptivo hormonal. Ele libera diariamente pequenas quantidades de levonorgestrel, um progestágeno sintético.
Este hormônio impede que o espermatozoide encontre o óvulo (ou seja, impede a fecundação) de várias maneiras):
- Deixa o muco cervical mais espesso
- Reduz a motilidade tubária
- Deixa a cavidade endometrial um ambiente hostil para os espermatozoides
O efeito do hormônio é apenas local. Ou seja, na maioria das vezes, a mulher continua ovulando.
Geralmente, a mulher entra em amenorreia, ou seja, ela para de menstruar. Em algumas situações, ela pode apresentar escapes (sangramentos em pequena quantidade fora do período menstrual), ou continuar menstruando, só que em menor intensidade.
No entanto, nos primeiros meses de uso, o Mirena pode causar sangramento irregular com maior frequência. Porém, a tendência é que, com o passar dos meses, os escapes diminuam de frequência.
Entre os efeitos colaterais do DIU Mirena, podemos citar, por exemplo, aumento da acne, da oleosidade da pele, queda de cabelo. No entanto, nem todas as mulheres apresentam estes sintomas.
Como o DIU Mirena reduz ou corta o fluxo menstrual, geralmente ele também é eficaz no tratamento de cólicas menstruais.
Além disso, o Mirena também pode ser usado no tratamento da endometriose e de sangramento uterino anormal.
O DIU Mirena, em bula, tem duração de 5 anos. Porém, o FDA dos Estados Unidos já aprovaram seu uso por 8 anos.
DIU Kyleena
O DIU Kyleena é semelhante ao DIU Mirena, porém de tamanho menor e com menor dose de hormônio. Apesar disto, tem o mesmo efeito contraceptivo que o DIU Mirena.
Por ter uma dose menor de hormônio, o DIU Kyleena costuma causar menos efeitos colaterais que o DIU Mirena (como acne, queda de cabelo e aumento da oleosidade da pele).
Por outro lado, este DIU não pode ser usado no tratamento da endometriose e de sangramento uterino anormal, estando indicado apenas para a contracepção.
O DIU Kyleena tem duração de 5 anos.
Será que você pode mesmo colocar o DIU?
Que o DIU é um excelente método contraceptivo, você já sabe. Porém, existem algumas contraindicações ao uso do DIU, ou seja, algumas mulheres não podem colocar o DIU. Algumas contraindicações são:
- Gravidez
- Infecções genitais como clamídia e gonorreia
- Doença Inflamatória Pélvica (DIPA) no último mês
- Tuberculose pélvica
- Sangramento de causa desconhecida
- Câncer de colo de útero
- Câncer de endométrio (obs.: em alguns raros casos, é possível utilizar o DIU Mirena temporariamente em mulheres com câncer de endométrio que desejam engravidar)
- Alterações anatômicas do útero: mioma submucoso que distorce a cavidade uterina, útero bicorno, útero septado, útero didelfo
Além das contraindicações acima, comuns a todos os tipos de DIU, o DIU de cobre também apresenta algumas outras contraindicações:
- Aumento do fluxo ou da duração da menstruação
- Discrasias sanguíneas (por exemplo, doença de von Willebrand ou deficiência de fator VIII), situações que aumentam o sangramento
- Doença de Wilson: deficiência na metabolização do cobre, que promove um acúmulo de cobre no organismo
Deseja colocar o DIU?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas. Faço inserção de todos os tipos de DIU: cobre, prata, Mirena e Kyleena.
Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na escolha do seu DIU, não sendo esta decisão exclusividade médica.
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