Qual a diferença entre as doses das pílulas anticoncepcionais?

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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

Você sabe qual é a diferença entre as doses das pílulas anticoncepcionais? Existem várias pílulas anticoncepcionais no mercado, que diferem em suas dosagens.

As pílulas são métodos contraceptivos muito populares. São métodos práticos, fáceis de utilizar e, na maioria das vezes, de baixo custo.

Porém, sempre surgem dúvidas quanto às doses das pílulas: será que essa pílula tem a dose certa para mim? Será que a pílula de baixa dose tem menor eficácia?

Continue lendo este artigo para entender melhor sobre as doses das pílulas!

Sumário

Qual médico pode me prescrever uma pílula anticoncepcional?

Você já deve imaginar que o médico mais apropriado para prescrever uma pílula anticoncepcional é o médico ginecologista.

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica e sexologia. Em sua consulta particular, ela orienta suas pacientes sobre os mais diversos métodos contraceptivos, inclusive sobre as doses das pílulas anticoncepcionais.

Desta forma, a paciente sai da consulta sem dúvidas e livre para escolher o melhor método contraceptivo para ela.

A Dra. Giulia cria um ambiente acolhedor e livre de julgamentos. Desta forma, suas pacientes se sentem à vontade para relatar tudo o que sentem.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja abaixo alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:

Como funcionam pílulas anticonepcionais?

Antes de falar sobre as doses das pílulas, precisamos falar sobre a composição das pílulas.

As pílulas podem ter um ou dois hormônios na sua composição. As pílulas de um hormônio têm só progesterona. Por outro lado, as pílulas de dois hormônios são chamadas pílulas combinadas, e são compostas por estrogênio e progesterona.

Existem ainda, diversos tipos de progesterona no mercado, e alguns tipos de estrogênio.

pilula
Existem vários tipos de pílulas anticoncepcionais, que variam em sua composição e dose.

Efeitos da progesterona

O hormônio que dá o efeito contraceptivo das pílulas é a progesterona. Esse efeito contraceptivo se dá por diversas maneiras:

  1. Bloqueio do eixo da ovulação.
  2. Alteração do muco cervical: o muco fica mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides.
  3. Alteração do pH intrauterino, tornando o útero um ambiente hostil para os espermatozoides.
  4. Atrofia endometrial: a progesterona também deixa o endométrio (a camada de dentro do útero, que descama durante a menstruação) muito fino. Quando o endométrio está muito fino (o que chamamos de atrofia), então, ocorrem os escapes, que são os pequenos sangramentos fora do ciclo menstrual.

Efeitos do estrogênio

O estrogênio presente nas pílulas anticoncepcionais não tem efeito contraceptivo.

Porém, como visto anteriormente, pílulas apenas de progesterona podem causar escapes.

Para evitar os escapes é que existem os estrogênios nas pílulas. Ou seja, o estrogênio deixa o endométrio mais grosso e, assim, evita os escapes. Dessa forma, o estrogênio ajuda a programar os sangramentos.

escape
O estrogênio permite o sangramento em intervalos programados das pílulas, evitando, assim, os desagradáveis sangramentos de escape.

Por isso, as pílulas combinadas têm as pausas e assim é possível saber exatamente quando será o sangramento.

No entanto, o estrogênio pode causar alguns efeitos colaterais, como náuseas, dor de cabeça e dor nas mamas. Além disso, doses muito altas de estrogênio estão associadas a trombose.

Quais são as doses das pílulas?

Existem vários tipos de progesteronas sintéticas – drospirenona, gestodeno, levonorgestrel, e várias outras.

Também existem alguns tipos de estrogênios sintéticos – etinilestradiol, valerato de estradiol, estradiol hemi-hidratado. O estrogênio mais comum das pílulas do mercado é o etinilestradiol.

As doses das pílulas podem ser classificadas em:

  • Muito baixa dose: 15 microgramas de etinilestradiol
  • Baixa dose: 20 ou 30 microgramas de etinilestradiol
  • Média dose: 35 microgramas de etinilestradiol
  • Alta dose: 50 microgramas de etinilestradiol

Atualmente, quase não encontramos mais no mercado pílulas com alta dose de estrogênio. Isso porque doses das pílulas de 50 microgramas de etinilestradiol estão fortemente associadas a eventos de trombose.

A diferença das doses das pílulas está nos efeitos colaterais

As doses das pílulas não mudam a eficácia do método. O que muda entre pílulas de doses diferentes são os efeitos colaterais.

Vamos pegar, por exemplo, pílulas cuja composição é drospirenona (progesterona) com etinilestradiol (estrogênio).

Geralmente, a dose de drospirenona não muda entre as pílulas. O que muda é a dose de estrogênio. Assim, como é a drospirenona que dá o efeito contraceptivo, a eficácia contraceptiva não muda com a mudança da dose de estrogênio. O que muda são os efeitos colaterais.

As pílulas de muito baixa dose de estrogênio (15 mcg) têm mais chance de causar sangramento de escape. No entanto, causam menos efeitos colaterais relacionados ao estrogênio, como náuseas, dor de cabeça, dor nas mamas.

Já as pílulas de baixa dose de estrogênio (20 e 30 mcg) têm menos chance de causar sangramento de escape, porque possuem uma dose maior de estrogênio deixando o endométrio mais grosso.

Entretanto, causam mais efeitos colaterais relacionados aos estrogênios (náuseas, dor de cabeça, dor nas mamas).

Resumidamente, se uma mulher começa a ter escapes com a pílula, pensamos em aumentar a dose. Se ela começa a ter muitos efeitos colaterais relacionados aos estrogênios, pensamos em diminuir a dose.

Quer saber mais sobre doses das pílulas anticoncepcionais?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas.

Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusividade médica.

A escolha do seu método contraceptivo será sua. Meu papel será te dar informações para que você tome a melhor decisão para você!

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

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