A hiperplasia endometrial é uma condição médica caracterizada pelo espessamento anormal do endométrio, que é o revestimento interno do útero.
Esse espessamento ocorre devido à proliferação excessiva das células endometriais, geralmente causada por um desequilíbrio hormonal, especialmente entre os níveis de estrogênio e progesterona.
A hiperplasia endometrial é uma condição que merece atenção porque, em alguns casos, pode aumentar o risco de desenvolver câncer endometrial, especialmente se não for tratada adequadamente.
Sumário
- Qual é o médico que trata da hiperplasia endometrial?
- Causa da Hiperplasia Endometrial
- Fatores de Risco da Hiperplasia Endometrial
- Sintomas da Hiperplasia Endometrial
- Como saber se eu tenho hiperplasia endometrial?
- Tipos de Hiperplasia Endometrial
- Tratamento da Hiperplasia Endometrial
- Prognóstico
- Como prevenir a hiperplasia endometrial?
- Precisa de tratamento especializado?
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Qual é o médico que trata da hiperplasia endometrial?
O médico especialista em tratar a hiperplasia endometrial é o ginecologista. De preferência, deve ser especializado em oncologia ginecológica, o ramo da ginecologia que trata de tumores do aparelho genital feminino.
Como você verá adiante, alguns tipos de hiperplasia endometrial podem evoluir para câncer de endométrio.
A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especialista em Oncologia Ginecológica, e fez a sua especialização nesta área no Hospital Pérola Byington em São Paulo, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.
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Causa da Hiperplasia Endometrial
A principal causa da hiperplasia endometrial é a exposição prolongada a níveis elevados de estrogênio sem a oposição adequada da progesterona.
Isso acontece porque o estrogênio é um hormônio que estimula a proliferação das células endometriais. A progesterona, por outro lado, é um hormônio que inibe a ação do estrogênio nestas células.
Fatores de Risco da Hiperplasia Endometrial
Os principais fatores de risco da hiperplasia endometrial são:
- Terapia de reposição hormonal apenas com estrogênio
- Ciclos menstruais anovulatórios (onde a ovulação não ocorre e, portanto, a progesterona não é produzida) – condição presente, por exemplo, na Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
- Obesidade: o tecido adiposo adicional pode converter andrógenos em estrogênio.
- Menarca precoce (início da menstruação em idade jovem) e menopausa tardia, pela exposição prolongada aos estrogênios
- Nuliparidade (mulheres que nunca tiveram filhos): pois a gravidez apresenta níveis elevados de progesterona
- História familiar de câncer endometrial
- Diabetes
- Hipertensão arterial
Sintomas da Hiperplasia Endometrial
Os sintomas da hiperplasia endometrial podem variar, mas o mais comum é o sangramento uterino anormal. Isso pode incluir:
- Fluxo menstrual intenso
- Sangramento fora do período menstrual
- Sangramento pós-menopausa
Como saber se eu tenho hiperplasia endometrial?
O diagnóstico de hiperplasia endometrial geralmente começa com o relato dos sintomas apresentados pela paciente. Métodos de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, são frequentemente usados para medir a espessura do endométrio.
No entanto, a confirmação do diagnóstico geralmente requer uma biópsia endometrial, onde uma amostra do tecido endometrial é coletada e examinada microscopicamente.
Geralmente, uma histeroscopia, que permite a visualização direta do interior do útero, pode ser necessária, para facilitar a biópsia do endométrio.
Tipos de Hiperplasia Endometrial
A hiperplasia endometrial pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo da presença e do grau de atipia (anormalidades celulares). As principais categorias incluem:
- Hiperplasia sem atipia: Este tipo é menos provável de evoluir para câncer endometrial. As células endometriais são mais numerosas, mas parecem normais sob o microscópio.
- Hiperplasia com atipia: Este tipo é mais preocupante porque há uma maior probabilidade de progressão para câncer endometrial. As células não só são mais numerosas, mas também apresentam características anormais.
Tratamento da Hiperplasia Endometrial
O tratamento da hiperplasia endometrial depende de vários fatores, incluindo a presença de atipia, a idade da paciente e o desejo de ter filhos no futuro.
Hiperplasia endometrial sem atipias
As hiperplasias sem atipias, por terem um baixo risco de progressão para câncer de endométrio, podem ser tratadas clinicamente.
O tratamento se baseia na administração de progestágenos, já que a progesterona impede a multiplicação das células de endométrio. Esses progestágenos podem ser orais, injetáveis ou através do DIU Mirena.
Além disso, é importante o monitoramento regular, com realização de biópsias endometriais periódicas para avaliar a resposta ao tratamento.
Hiperplasia endometrial com atipias
Devido ao maior risco de progressão para câncer de endométrio, o tratamento da hiperplasia com atipias na maioria das vezes é a histerectomia (remoção cirúrgica do útero) com a ooforectomia (remoção cirúrgica dos ovários).
Para mulheres que desejam engravidar ou que têm risco alto para a cirurgia, é possível realizar o tratamento com progestágenos, sejam eles por via oral, injetáveis ou DIU Mirena.
Se o tratamento conservador é escolhido, é necessário um monitoramento muito mais rigoroso com biópsias endometriais frequentes para detectar qualquer processo maligno o mais cedo possível.
Prognóstico
O prognóstico da hiperplasia endometrial depende da presença de atipia e da resposta ao tratamento.
A hiperplasia sem atipia geralmente responde bem ao tratamento hormonal e tem um bom prognóstico. No entanto, a hiperplasia com atipia requer monitoramento rigoroso e, possivelmente, tratamento mais agressivo para prevenir a progressão para câncer.
Como prevenir a hiperplasia endometrial?
A prevenção da hiperplasia endometrial envolve a gestão dos fatores de risco. Isso pode incluir a manutenção de um peso saudável, controle de condições como diabetes e hipertensão, e o uso adequado da terapia hormonal.
Em mulheres com ciclos menstruais irregulares, o uso de anticoncepcionais hormonais pode ajudar a regular o ciclo e reduzir o risco de hiperplasia.
Precisa de tratamento especializado?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica. Realizo atendimentos a mulheres de todas as idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento de tumores ginecológicos. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e consultório.
Durante as consultas, busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Isto é, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento.
Além disso, faço questão de esclarecer todas as dúvidas de minhas pacientes, sem pressa, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
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