Histerectomia: conheça a Cirurgia de Retirada do Útero

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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

A histerectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção do útero, o órgão feminino responsável por abrigar o bebê durante a gestação.

Esta cirurgia pode ser indicada para tratar diversas doenças ginecológicas, sendo realizada através de diferentes abordagens: abdominal, vaginal ou laparoscópica (por vídeo).

Se você quer saber mais sobre a histerectomia, continue lendo este artigo!

Médica que realiza Histerectomia

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especializada em Oncologia Ginecológica, a especialidade da ginecologia que trata de tumores do aparelho genital, tais como câncer de útero, de ovário e de vulva.

Sua formação em Oncologia Ginecológica possibilitou à Dra. Giulia uma grande habilidade na realização de cirurgias ginecológicas altamente complexas, além de um vasto conhecimento em anatomia pélvica feminina.

Desta forma, hoje em dia a Dra. Giulia realiza cirurgias ginecológicas como a histerectomia com excelência, após muitos anos de dedicação.

Se você acredita que precisa de uma histerectomia, as mãos de uma médica especializada como a Dra. Giulia farão toda a diferença no seu tratamento!

A Dra. Giulia é médica ginecologista com mais de 10 anos de experiência. Formou-se em Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington.

Ela atende no bairro da Consolação, em São Paulo – SP.

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja algumas opiniões de pacientes que já se consultaram com a Dra. Giulia:

Veja abaixo depoimentos de pacientes que realizaram cirurgias com a Dra. Giulia:

Sumário

Tipos de histerectomia

A retirada do útero pode ser feita por três vias de acesso diferentes. A escolha da via de acesso depende de diversos fatores, como o tamanho do útero e da presença de comorbidades.

cirurgia
A histerectomia pode ser realizada por via vaginal, abdominal ou laparoscópica.

Histerectomia abdominal

A histerectomia abdominal é a cirurgia de retirada do útero por meio de um corte no abdome.

Este corte pode ser horizontal (“deitado”, igual o corte feito na cesárea) ou vertical (“de pé”), dependendo do tamanho do útero e do motivo da cirurgia. 

Sempre que possível, realizamos o corte na horizontal. Porém, quando o útero está muito grande, o corte precisa ser feito na vertical.

histerectomia com nic 3
Sempre que uma histerectomia abdominal é realizada, preferimos realizar a incisão na horizontal.

Quando o corte na vertical é necessário, a princípio, ele é realizado do umbigo para baixo. Contudo, em algumas situações, é necessário prolongar o corte para acima do umbigo.

As principais indicações de histerectomia abdominal são os miomas uterinos volumosos ou que não respondem ao tratamento clínico, adenomiose e câncer uterino (câncer de colo de útero, câncer de endométrio ou sarcoma uterino).

mioma
Miomas volumosos são indicações de histerectomia abdominal.

Histerectomia vaginal

Já a histerectomia vaginal é a cirurgia de retirada do útero pela vagina, sem cortes no abdome.

A sua principal indicação é o prolapso uterino (“útero caído”), mas também pode ser realizada em outras situações, como sangramento uterino anormal, adenomiose e hiperplasia endometrial.

A histerectomia vaginal é uma cirurgia minimamente invasiva. Sua recuperação é rápida e pouco dolorosa.

prolapso uterino
A histerectomia vaginal está indicada principalmente nos casos de prolapso uterino.

Histerectomia laparoscópica

Por fim, a histerectomia laparoscópica é a cirurgia de retirada do útero por vídeo (videocirurgia).

Na laparoscopia, são feitos pequenos furos no abdome e no umbigo, pelos quais são introduzidos os instrumentos para realizar a cirurgia, além de uma câmera que mostra as imagens de dentro do abdome para uma tela de televisão. 

laparoscopia
A histerectomia pode ser realizada por videolaparoscopia.

Quando comparada com a histerectomia abdominal, a histerectomia laparoscópica tem a vantagem de ser menos invasiva, causar menos dor e ter uma recuperação mais rápida.

No entanto, não é possível retirar um útero muito volumoso por meio da videocirurgia.

A histerectomia laparoscópica está indicada nos casos de miomas uterinos pouco volumosos que não respondem ao tratamento clínico, adenomiose, câncer de endométrio e hiperplasia endometrial.

adenomiose
A histerectomia laparoscópica pode ser realizada nos casos de adenomiose.

Histerectomia total ou subtotal?

A histerectomia pode ser total (retirada do corpo e colo do útero) ou subtotal (retirada do corpo do útero, permanecendo o colo).

Hoje em dia, o principal motivo para se deixar o colo do útero é para minimizar riscos cirúrgicos e danos à paciente.

Primeiramente, o colo do útero fica numa região muito importante da pelve, próximo ao reto, bexiga, ureteres, vasos e nervos pélvicos.

Em algumas situações, pode haver distorção da anatomia da pelve, tornando a remoção do colo do útero muito mais difícil.

Nesse caso, é melhor deixar o colo do útero do que tentar tirá-lo e machucar os órgãos próximos (se não houver nenhuma doença no colo do útero, claro).

Essa distorção da anatomia da pelve pode acontecer, por exemplo, em pacientes com endometriose ou com múltiplas cirurgias pélvicas prévias.

Outra situação é quando acontece algum imprevisto na cirurgia. A paciente começa a sangrar demais, ou começa a dar sinais de parada cardiorrespiratória (ou tem uma parada de fato).

Dessa forma, a cirurgia tem que terminar o mais rápido possível, e deixar o colo do útero lá nos faz ganhar alguns minutos.

histerectomia
A histerectomia pode ser total ou subtotal (parcial).

Por outro lado, existe a teoria de que o colo do útero poderia ajudar a manter a estática pélvica (ou seja, manter os órgãos pélvicos nos seus lugares).

Isso quer dizer que, com o colo do útero ali, a mulher supostamente teria menos chances de ter algum prolapso genital (queda dos órgãos pélvicos). Porém, hoje em dia raramente o colo do útero é deixado apenas por isso.

Afinal, quando há prolapso, a falha é dos músculos do assoalho pélvico e dos ligamentos que sustentam o útero, não do colo do útero em si.

Quando tiramos o colo do útero, nós suturamos o fundo da vagina aos ligamentos que sustentam o útero, o que garante que a vagina não caia.

Ou seja, se houver um prolapso após uma histerectomia total, ele aconteceria de qualquer jeito!

Cuidado pré-operatórios

Antes de se submeter à histerectomia, uma série de medidas são essenciais para assegurar o êxito do procedimento:

  • Realização de exames pré-operatórios: É fundamental que a paciente passe por exames de sangue e urina, eletrocardiograma e radiografia de tórax antes da cirurgia, fornecendo informações cruciais para a equipe médica sobre sua condição de saúde e quaisquer possíveis complicações que possam surgir durante o procedimento;
  • Jejum preparatório: antes da histerectomia, a paciente deve obedecer rigorosamente ao jejum absoluto por no mínimo oito horas, conforme orientação médica. Este passo é crucial para garantir a segurança durante a intervenção cirúrgica;
  • Uso de medicações: algumas medicações de uso contínuo devem ser mantidas antes da realização da histerectomia. No entanto, outras medicações devem ser suspensas. O médico deve orientar a paciente com relação a estas informações.
  • Outras precauções específicas: dependendo de outros problemas de saúde que a paciente possa ter, outras precauções específicas podem ser adotadas para garantir a segurança e o bem-estar da paciente durante o procedimento. É fundamental que a equipe médica esteja atenta a todas as particularidades do caso e tome as medidas necessárias para garantir um processo cirúrgico seguro e eficaz.

pre op
Os cuidados pré-operatórios são fundamentais para garantir uma cirurgia de sucesso.

Cuidados pós-operatórios

Após a realização da histerectomia, é fundamental que a paciente siga cuidados específicos para garantir uma recuperação tranquila e eficaz.

A paciente deve iniciar com caminhadas leves já no primeiro dia pós-cirurgia. Essa prática não somente ajuda a prevenir a formação de coágulos sanguíneos nas pernas, mas também ajuda o intestino a funcionar melhor.

Outro aspecto crucial durante o período pós-histerectomia é a alimentação. A dieta pode ser normalizada logo após o procedimento, mas é importante que a paciente mantenha uma alimentação saudável e equilibrada, sem excessos.

É essencial que a paciente evite carregar peso e praticar exercícios físicos intensos por pelo menos dois meses. Esse cuidado é vital para evitar qualquer complicação ou sobrecarga durante a fase inicial de recuperação.

Relações sexuais devem ser evitadas por cerca de 45 dias, para permitir a cicatrização adequada do fundo da vagina.

pos op

Além das orientações médicas, é importante que a paciente mantenha uma comunicação constante com a equipe de saúde responsável pelo seu acompanhamento pós-operatório.

Qualquer sintoma incomum ou desconforto deve ser prontamente comunicado aos profissionais de saúde para que possam ser avaliados e tratados adequadamente.

É válido destacar que cada caso é único e as recomendações específicas podem variar dependendo da técnica cirúrgica utilizada, do estado de saúde da paciente e de outros fatores individuais.

Portanto, é fundamental seguir as orientações fornecidas pelo médico responsável para garantir uma recuperação completa e sem complicações após a histerectomia.

O que acontece com a produção de hormônios após a histerectomia?

Uma das grandes preocupações das mulheres que vão passar pela cirurgia de retirada do útero é: como vão ficar os meus hormônios? Vou sentir sintomas da menopausa?

Os sintomas da menopausa (calorões, secura vaginal, insônia, irritabilidade) são causados pela queda da produção dos hormônios femininos.

Estes hormônios são produzidos pelos ovários. O útero, por sua vez, não tem qualquer papel na produção hormonal.

Em mulheres mais jovens, os ovários geralmente não são retirados, a não ser que apresentem alguma alteração.

Por outro lado, em mulheres mais velhas, os ovários já não produzem mais hormônios, sendo optado por sua remoção concomitante na maioria das vezes.

Sendo assim, em mulheres jovens, a retirada do útero com preservação dos ovários não causa sintomas do climatério, pois são os ovários os responsáveis pela produção de hormônios.

O que muda no corpo da mulher após a cirurgia de retirada do útero?

Uma mulher que passa por uma histerectomia nunca mais vai engravidar, nem mesmo com a histerectomia subtotal.

Com a retirada do útero a mulher também não menstrua mais.

No entanto, em alguns raros casos de histerectomia subtotal, algum tecido endometrial (a camada de revestimento interno do útero) pode permanecer, causando um sangramento muito discreto todos os meses, na época em que a mulher deveria menstruar.

O que não muda após a cirurgia de retirada do útero?

A realização de uma histerectomia, seja ela total ou subtotal, não interfere na sexualidade da mulher.

O prazer feminino ocorre principalmente pela estimulação do clitóris (que fica na vulva) e do ponto G (que fica na parede anterior da vagina).

Além disso, a mulher não fica “oca” por dentro. A pelve feminina tem vários órgãos além do útero. Bexiga, intestino, ovários, trompas, veias, artérias, nervos…

Com a retirada do útero, todos estes órgãos se acomodam na pelve, e não fica nenhum espaço “oco”.

O que é normal sentir no pós-operatório? E o que não é normal?

Após a histerectomia abdominal, é normal que a mulher sinta algumas alterações de sensibilidade na área da cicatriz. Por exemplo, queimação, dormência, fisgadas, formigamento. Essas sensações podem durar por vários meses, até anos!

Relação sexual após cirurgia ginecológica
Após a histerectomia abdominal, a mulher pode apresentar alterações de sensibilidade ao redor da cicatriz.

Nos primeiros dias após uma histerectomia total, seja abdominal, vaginal ou laparoscópica, é comum que a mulher perceba uma secreção rósea ou avermelhada saindo pela vagina.

Da mesma forma, em caso de histerectomia abdominal, pode haver uma pequena saída de secreção pelo corte da barriga.

Nos primeiros meses após qualquer cirurgia, você também pode observar queda de cabelo. Essa condição se chama eflúvio telógeno, e tende a se normalizar com cerca de três a quatro meses após a cirurgia.

queda de cabelo
A queda de cabelo é uma condição comum no pós-operatório.

No entanto, existem alguns sinais de alerta no pós-operatório da histerectomia. Caso você perceba algum desses sinais, você deve procurar o seu médico:

  • Saída de pus ou secreção com odor pela ferida operatória
  • Febre
  • Dor abdominal intensa
  • Sangramento vaginal intenso

febre
A febre é um sinal de alerta no pós-operatório.

Precisa de ajuda?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças ginecológicas. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e em consultório. Tenho vasta experiência na realização de histerectomia.

Busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Mais informações: Manual MSD

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