O câncer de colo de útero é uma das neoplasias malignas mais comuns entre as mulheres, especialmente em países em desenvolvimento.
Esta doença é caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais no colo do útero, que é a parte inferior do útero que se conecta à vagina.
É um tipo de câncer que pode ser prevenido e tratado de maneira eficaz quando detectado precocemente.
Sumário
- Qual é o médico que trata do câncer de colo de útero?
- Fatores de Risco para o Câncer de Colo de Útero
- Lesão Precursora do Câncer de Colo de Útero: Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)
- Quais são os sintomas do câncer de colo de útero?
- Diagnóstico do Câncer de Colo de Útero
- Tratamento do Câncer de Colo de Útero
- Prevenção do Câncer de Colo de Útero
- O que podemos concluir?
- Está com câncer de colo de útero?
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Qual é o médico que trata do câncer de colo de útero?
O médico mais capacitado para tratar o câncer de colo de útero é o ginecologista especializado em Oncologia Ginecológica, o ramo da ginecologia que cuida de tumores do aparelho genital.
A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especialista em Oncologia Ginecológica, e fez a sua especialização nesta área no Hospital Pérola Byington em São Paulo, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.
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Veja abaixo alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:
Fatores de Risco para o Câncer de Colo de Útero
O principal fator de risco para o câncer de colo de útero é a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano), um vírus transmitido sexualmente. Cerca de 99% dos casos de câncer de colo de útero são causados por este vírus.
Existem mais de 200 subtipos de HPV, sendo os subtipos 16 e 18 responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero.
A maioria das infecções por HPV é temporária e pode ser eliminada pelo sistema imunológico. No entanto, a infecção persistente pode levar à progressão para a Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), como você verá adiante e, eventualmente, para o câncer de colo de útero.
Outros fatores de risco incluem:
- Comportamento Sexual: Início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais ou parceiro com múltiplas parceiras podem aumentar o risco de infecção por HPV.
- Sistema Imunológico Comprometido: Mulheres com sistema imunológico enfraquecido, como aquelas com HIV/AIDS, em quimioterapia ou em uso de imunossupressores, têm maior risco de desenvolver infecções persistentes por HPV.
- Tabagismo: Fumar está associado a um aumento no risco de câncer de colo do útero, pois produtos químicos do tabaco podem danificar o DNA das células cervicais e enfraquecer o sistema imunológico.
- Contraceptivos Combinados: O uso prolongado de contraceptivos combinados (ou seja, que contêm estrogênio) tem sido associado a um aumento no risco de câncer de colo de útero.
Lesão Precursora do Câncer de Colo de Útero: Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)
O desenvolvimento do câncer de colo de útero passa por uma fase de lesão precursora, conhecida como Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC).
A NIC surge a partir da infecção pelo HPV. O vírus infecta as células do epitélio, que é a camada de revestimento mais superficial do colo do útero, e causa mutações nestas células. Essas células mutadas passam a se multiplicar descontroladamente, o que configura a NIC.
A NIC é assim classificada:
- NIC 1: a neoplasia acomete um terço do epitélio
- NIC 2: a neoplasia acomete dois terços do epitélio
- NIC 3: também chamada de carcinoma in situ, a neoplasia acomete todo o epitélio
Por se tratar de uma lesão pré-câncer de colo de útero, o tratamento da NIC realizado de maneira eficaz é fundamental para a prevenção deste câncer.
Quais são os sintomas do câncer de colo de útero?
O câncer de colo de útero em estágios iniciais geralmente não provoca sintomas. No entanto, em alguns casos pode provocar os seguintes sintomas:
- Sangramento vaginal: após a relação sexual ou fora do período menstrual
- Corrimento vaginal com odor
- Dor pélvica
Em estágios mais avançados, o câncer de colo de útero ainda pode causar:
- Dificuldade para urinar: pela obstrução do trato urinário pelo tumor
- Dor lombar: por compressão de nervos sacrais
- Edema (inchaço) nas pernas: pela compressão de veias e/ou vasos linfáticos
Diagnóstico do Câncer de Colo de Útero
O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero é crucial para um tratamento eficaz.
Pode-se suspeitar do câncer de colo de útero pelo exame ginecológico, no caso de tumores maiores. No entanto, algumas lesões são menores e menos óbvias. Para isso, alguns exames são necessários. As principais ferramentas de diagnóstico incluem:
- Papanicolaou (Citologia Oncótica): Este exame é usado para detectar alterações celulares no colo do útero. É um dos exames de rastreamento. No entanto, não firma o diagnóstico do câncer.
- Teste de HPV: Este teste identifica a presença de tipos de HPV de alto risco no colo do útero. Pode ser usado sozinho ou em conjunto com o Papanicolaou para o rastreamento do câncer de colo de útero.
- Colposcopia: Se os resultados do Papanicolaou ou do teste de HPV forem anormais, uma colposcopia pode ser realizada. Este procedimento utiliza um colposcópio para examinar o colo do útero de maneira mais detalhada, e avaliar qual local deve ser biopsiado.
- Biópsia: Durante a colposcopia, uma amostra de tecido pode ser removida (biópsia) para exame histopatológico, confirmando a presença de células cancerígenas.
Para avaliar a extensão e a disseminação do tumor, podemos ainda realizar exames como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Tratamento do Câncer de Colo de Útero
O tratamento do câncer de colo de útero depende do estágio da doença, do tamanho do tumor, da saúde geral da paciente e do desejo de ter filhos no futuro.
Nos estágios iniciais, a cirurgia pode ser suficiente para remover o câncer. Os procedimentos cirúrgicos incluem:
- Conização: retirada de um fragmento do colo do útero, indicada para mulheres que ainda desejam engravidar
- Traquelectomia: retirada de todo o colo do útero, também para mulheres que querem ter filhos
- Histerectomia simples: retirada do útero
- Histerectomia radical: retirada do útero, parte da vagina, ligamentos uterinos e linfonodos pélvicos
Contudo, na maior parte dos casos de câncer de colo de útero, o tratamento mais indicado é feito com radioterapia e quimioterapia sensibilizante. A radioterapia é feita de duas maneiras:
- Braquiterapia: uma espécie de radioterapia interna, na qual um aplicador é inserido dentro da vagina da paciente
- Teleterapia: radioterapia externa, direcionada para a pelve.
A quimioterapia sensibilizante é uma abordagem de tratamento utilizada para aumentar a eficácia da radioterapia. Esse método envolve a administração de medicações que tornam as células cancerígenas mais vulneráveis aos efeitos da radiação.
A ideia é que, ao sensibilizar as células tumorais, a quimioterapia pode potencializar o efeito destrutivo da radioterapia, aumentando a taxa de destruição das células cancerosas e melhorando os resultados terapêuticos.
Prevenção do Câncer de Colo de Útero
A prevenção é fundamental na luta contra o câncer de colo de útero. As estratégias incluem:
- Vacinação contra o HPV: A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelos tipos de HPV que causam a maioria dos cânceres de colo de útero. Recomenda-se que meninas e meninos recebam a vacina entre 9 e 14 anos, antes do início da atividade sexual.
- Uso de Preservativos: O uso consistente de preservativos pode reduzir o risco de transmissão do HPV, embora não elimine completamente o risco, pois o HPV pode infectar áreas não cobertas pelo preservativo.
- Exames Regulares de Papanicolau e Teste de HPV: A detecção precoce de alterações celulares e da presença do HPV de alto risco através desses exames permite intervenções precoces e eficazes.
- Educação Sexual: Informar jovens sobre a importância da prevenção do HPV, uso de preservativos e vacinação pode reduzir a incidência de infecções por HPV e, consequentemente, de câncer de colo do útero.
O que podemos concluir?
- O câncer de colo de útero é uma doença potencialmente letal, mas amplamente prevenível e tratável.
- A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco, destacando a importância da vacinação e do rastreamento regular para detecção precoce.
- Com uma combinação de medidas preventivas, diagnóstico precoce e tratamentos adequados, é possível reduzir significativamente a incidência e a mortalidade associadas a essa doença. .
Está com câncer de colo de útero?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos a mulheres de todas idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero e diversas outras condições ginecológicas. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e em consultório.
Durante as consultas, busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Isto é, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental.
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