Miomas uterinos são nódulos benignos que crescem na camada de músculo do útero. São muito comuns na população, presentes em mais da metade das mulheres em idade reprodutiva, isto é, na fase da vida em que menstruam e que podem engravidar.
Na maioria das vezes, os miomas uterinos não causam nenhum sintoma. Porém, em algumas mulheres, eles podem causar sangramento intenso, provocando idas a pronto-socorro, necessidade de tomar bolsa de sangue, faltas ao trabalho, entre outros prejuízos à qualidade de vida da mulher.
Se você deseja mais informações sobre miomas uterinos, continue lendo este artigo!
Sumário
- Qual é o médico que trata de miomas uterinos?
- Qual é a causa dos miomas?
- Quais são os tipos de miomas uterinos?
- Quais são os principais sintomas dos miomas uterinos?
- Miomas uterinos viram câncer?
- Miomas uterinos sempre precisam de cirurgia?
- Quais são as cirurgias para remover miomas uterinos?
- E quando NÃO devemos pensar em cirurgia?
- Como tratar miomas uterinos sem cirurgia?
- Está com miomas uterinos?
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Qual é o médico que trata de miomas uterinos?
O médico mais indicado para tratar mulheres com miomas uterinos é o médico ginecologista.
A Dra. Giulia Cerutti é ginecologista com vasto conhecimento no tratamento de miomas uterinos, e já ajudou centenas de mulheres com este problema.
Além disso, a Dra. Giulia é extremamente experiente em cirurgias ginecológicas como a histerectomia, procedimento que pode ser necessário para o tratamento dos miomas.
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Veja abaixo alguns relatos de pacientes da Dra. Giulia:
Qual é a causa dos miomas?
Os miomas uterinos são tumores benignos que crescem sob estímulo hormonal. Ou seja, estes nódulos crescem por estímulo do hormônio estrogênio.
O estrogênio é o principal hormônio produzido pelos ovários das mulheres em idade fértil. É por isso que os miomas aparecem em mulheres nessa faixa etária.
Além disso, após a menopausa, há uma queda nos níveis de estrogênio do corpo da mulher. Com isso, há também uma tendência de diminuição do número e do tamanho dos miomas.
Quais são os tipos de miomas uterinos?
Os miomas uterinos podem ser classificados em três tipos, dependendo da sua localização:
- Miomas subserosos: localizados na camada mais externa do útero
- Miomas intramurais: localizados dentro da camada muscular do útero (o miométrio)
- Miomas submucosos: localizados na camada mais interna do útero, que está em contato com o endométrio (a camada de revestimento interna do útero, que descama na menstruação)
Quais são os principais sintomas dos miomas uterinos?
Antes de mais nada, na maioria das vezes, os miomas uterinos não causam nenhum sintoma.
Quando presente, o principal sintoma é o sangramento uterino anormal. Assim, pode haver:
- Aumento da intensidade do fluxo: a mulher começa a ter sangramento mais intenso, necessitando de mais absorventes por dia.
- Aumento da duração do fluxo: a menstruação da mulher passa a durar mais de 8 dias. Em alguns casos, o sangramento pode chegar a ser contínuo.
- Sangramentos fora do período menstrual.
Quando os miomas são muito grandes, eles ainda podem comprimir os órgãos vizinhos, como a bexiga e reto. Dessa forma, miomas muito volumosos podem causar diversos sintomas, tais como:
- Incontinência urinária (perda involuntária de urina)
- Aumento da frequência de micções
- Constipação intestinal (intestino preso)
- Aumento do volume abdominal
- Dor pélvica
É importante salientar que miomas pequenos dificilmente causam dor.
Por fim, na maioria das vezes, miomas não causam infertilidade. Isso só acontece em duas situações:
- miomas muito volumosos, que causam obstrução das trompas uterinas;
- miomas submucosos, que crescem para dentro da cavidade uterina, causando sua distorção.
Vamos falar um pouco mais sobre miomas submucosos.
Miomas submucosos
Entre os miomas uterinos, os miomas submucosos têm algumas particularidades.
Primeiramente, os miomas submucosos estão em contato com o endométrio, a camada de revestimento interno do útero, que descama durante a menstruação.
Assim, esses miomas aumentam a superfície endometrial. Desta forma, os miomas submucosos são os miomas que mais provocam sangramento uterino anormal.
Além disso, o endométrio produz substâncias chamadas prostaglandinas. Essas substâncias, que são liberadas quando o endométrio descama no período menstrual, são responsáveis pelas cólicas menstruais.
Como a superfície endometrial está maior nos miomas submucosos, a liberação de prostaglandinas também está maior, ou seja, a mulher sente mais cólicas.
Miomas uterinos viram câncer?
A probabilidade de um mioma uterino virar câncer é praticamente nula. Alguns estudos indicam que isso pode ocorrer em menos de 1% dos casos – fenômeno que chamamos de degeneração sarcomatosa.
No entanto, muitos estudiosos acreditam que estes miomas, na verdade, sempre foram um câncer (sarcoma), porém um câncer de crescimento muito lento.
De qualquer maneira, nunca está indicado retirar um mioma apenas pela possibilidade de ele virar um câncer.
Miomas uterinos sempre precisam de cirurgia?
Nem sempre a presença de miomas é indicação de cirurgia. São situações que pensamos em operar miomas:
- Sangramento que não melhora com o uso de medicamentos;
- Miomas muito volumosos, que comprimem os órgãos vizinhos (intestino e bexiga) ou causam aumento do volume abdominal;
- Miomas de crescimento rápido, não podendo afastar a hipótese de sarcoma (câncer) uterino.
Quais são as cirurgias para remover miomas uterinos?
As cirurgias que tratam os miomas uterinos são a histerectomia e a miomectomia.
A histerectomia é a cirurgia de retirada do útero. Pode ser feita por via abdominal (através de um corte no abdome), vaginal (pela vagina) ou laparoscópica (através de pequenos orifícios no abdome).
No caso da histerectomia abdominal, o corte pode ser vertical (“de pé”), para úteros maiores, ou horizontal (“deitado”), para úteros menores.
A miomectomia é a retirada cirúrgica apenas dos miomas, com preservação do útero.
No caso de miomas subserosos, ela pode ser feita por via abdominal ou laparoscópia. Por outro lado, no caso de miomas submucosos, ela pode ser feita por histeroscopia (que é a introdução de uma câmera na cavidade uterina, por via vaginal).
A miomectomia é uma alternativa de tratamento cirúrgico para mulheres que desejam engravidar. Porém, a miomectomia pode causar sinequias uterinas (cicatrizes dentro do útero), prejudicando a fertilidade.
Além disso, durante a cirurgia, pode haver sangramento importante, havendo risco de retirada do útero.
E quando NÃO devemos pensar em cirurgia?
- Proximidade com a menopausa: os miomas uterinos crescem com estímulo hormonal. Após a menopausa, há declínio da produção de hormônios. Por isso, os miomas tendem a diminuir ou até sumir, além de não haver mais sangramento.
- Desejo de engravidar: ainda que a miomectomia seja possível, devemos pensar também em outras opções de tratamento. Por exemplo, algumas medicações podem diminuir os miomas, como veremos adiante.
- Desejo da paciente: é claro que nenhuma paciente vai ser submetida a nenhum procedimento cirúrgico se não quiser…
- Pacientes assintomáticas: mesmo no caso de miomas grandes.
- Pacientes que ainda não foram submetidas a nenhum tratamento clínico: qualquer cirurgia sempre tem riscos. Sempre devemos pesar os riscos e benefícios antes de indicar uma cirurgia. Na maioria dos casos, cirurgia é o último recurso terapêutico!
Como tratar miomas uterinos sem cirurgia?
O tratamento clínico visa, na maioria das vezes, diminuir ou interromper o sangramento anormal, e não diminuir os miomas. Assim, temos várias opções de tratamentos:
- Anti-inflamatórios não esteroidais: reduzem os níveis de prostaglandinas, com bons efeitos sobre as cólicas, além de também ajudarem a reduzir o sangramento uterino anormal
- Antifibrinolíticos: reduzem o sangramento uterino anormal.
- Anticoncepcionais: aqui, é interessante utilizar os de progesterona isolada, que causam atrofia endometrial, para reduzir o sangramento uterino anormal. O objetivo dos anticoncepcionais é fazer a mulher parar de menstruar. Como opções, temos as pílulas, a injeção trimestral e até mesmo o DIU Mirena. O ideal é não usar métodos combinados, já que o estrogênio estimula o crescimento dos miomas.
- Análogo do GnRH: é um medicamento que suprime a produção de estrogênio pelos ovários. Com isso, não há estímulo para o crescimento dos miomas. No entanto, há muitos efeitos colaterais, por induzir uma menopausa precoce, como: ondas de calor (fogachos), secura vaginal, entre outros.
Com relação ao DIU Mirena, é importante lembrar que, em mulheres com miomas submucosos, a chance de expulsão do DIU é maior.
Está com miomas uterinos?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas. Inclusive, realizo cirurgias como histerectomia e miomectomia.
Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusividade médica.
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