Gonorreia é mais comum do que você imagina, não é uma infecção bobinha e está cada vez mais difícil de ser tratada!
Continue lendo este artigo para se informar melhor sobre esta infecção sexualmente transmissível.
Sumário
- Qual é o médico que trata da gonorreia em mulheres?
- O que é gonorreia?
- O que a gonorreia pode causar?
- E por que está sendo cada vez mais difícil tratar?
- Como é o tratamento da gonorreia, afinal?
- Precisando de ajuda?
- Você também pode se interessar por:
Qual é o médico que trata da gonorreia em mulheres?
O médico que trata da gonorreia em mulheres é o médico ginecologista ou o infectologista.
Se você está com suspeita de gonorreia, você deve se consultar com a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista.
Em sua consulta particular, a Dra. Giulia te deixará à vontade para relatar as suas queixas e tirará todas as suas dúvidas de maneira calma e sem pressa, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
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O que é gonorreia?
A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria, conhecida como gonococo.
Ao contrário do que muita gente imagina, a gonorreia é uma infecção extremamente comum na população. Porém, na grande maioria das vezes, a infecção não causa nenhum sintoma.
No entanto, mesmo pessoas assintomáticas podem transmitir o gonococo para seus parceiros sexuais.
O que a gonorreia pode causar?
A gonorreia pode se manifestar com uma cervicite aguda. Porém, essa não é a regra. Na maioria das mulheres, a gonorreia é totalmente assintomática.
A cervicite aguda pode se manifestar da seguinte forma:
- Corrimento com aspecto purulento e com mau cheiro
- Ardência ao urinar
- Dor pélvica
- Dor na relação sexual
- Sangramentos de escape (fora do período menstrual)
- Sangramento após a relação sexual
Atenção! Não confunda cervicite aguda com cervicite crônica! Falo sobre isso aqui.
Essa falta de sintomas é que faz a gonorreia (e outras infecções sexualmente transmissíveis) ser tão comum na população. Ou seja, se a pessoa não sabe que tem, como ela vai tratar?
O problema é que a gonorreia, quando não diagnosticada e tratada a tempo, pode evoluir para complicações graves. Vamos falar sobre cada uma delas.
Doença Inflamatória Pélvica (DIPA)
Nas mulheres, a gonorreia não tratada pode causar a Doença Inflamatória Pélvica (DIPA).
Na DIPA, o gonococo, que inicialmente estava no colo do útero, “sobe” para o corpo do útero, as trompas e os ovários, podendo causar:
- Endometrite: infecção do endométrio (a camada de revestimento interno do útero)
- Salpingite: infecção das trompas
- Abscesso tubo-ovariano: “bola” de pus nas trompas e nos ovários
Os principais sintomas da DIPA são:
- Corrimento purulento e com odor
- Dor abdominal intensa
- Febre
- Queda do estado geral
A DIPA também pode ser assintomática! Nesse caso, a mulher sem sintomas fica com um processo inflamatório crônico contínuo na pelve, o que causa aderências na pelve e leva à obstrução das trompas.
Essa obstrução das trompas impede que o espermatozoide encontre o óvulo. Assim, a longo prazo, a DIPA é uma causa de infertilidade e de gravidez ectópica.
Conjuntivite gonocócica
As mulheres contaminadas pelo gonococo podem transmitir gonorreia para seus bebês durante o parto, causando assim a conjuntivite gonocócica, uma infecção que acomete os olhos do bebê.
Faringite gonocócica e retite gonocócica
Muito se engana quem acha que a gonorreia não é transmitida pelo sexo anal ou oral.
A transmissão da gonorreia pelo sexo oral pode causar a faringite gonocócica, que cursa com dor de garganta e alterações da fala.
Já a transmissão da gonorreia pelo sexo anal pode causar os seguintes sintomas na região anal, característicos da retite:
- coceira no ânus
- vontade de evacuar toda hora
- urgência para evacuar
- saída de muco, pus ou sangue nas evacuações
- dor anal
E por que está sendo cada vez mais difícil tratar?
Essa dificuldade no tratamento ocorre pois o gonococo está se tornando resistente aos antibióticos existentes. Desde a descoberta da penicilina, a bactéria já se tornou resistente a vários tipos de antibióticos diferentes.
Essa resistência do gonococo ocorre devido ao uso indiscriminado dos antibióticos, que favorece o surgimento de cepas multirresistentes de bactérias.
Quando utilizado de maneira errada, o antibiótico estimula a mutação das bactérias. Isso acontece pois eles eliminam apenas as bactérias mais sensíveis às drogas. As mais resistentes, como resultado da seleção natural, permanecem na pessoa infectada.
E é justamente isso que está acontecendo com o gonococo!
Como é o tratamento da gonorreia, afinal?
O tratamento de escolha para a gonorreia é feito com um antibiótico chamado ceftriaxone. Esse antibiótico é feito por meio de uma injeção no músculo.
A DIPA também deve ser tratada com antibióticos, porém mais de um antibiótico é necessário. Por vezes, é necessário internação hospitalar.
Em alguns casos de abscesso tubo-ovariano, pode ser necessário cirurgia.
Precisando de ajuda?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas.
Busco dar um atendimento individualizado e que atenda as minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusividade médica.
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Imagens meramente ilustrativas (Banco de imagens: Shutterstock)