Tudo sobre a Inserção de DIU (Dispositivo Intrauterino)

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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

Existem muitos métodos anticoncepcionais atualmente. Por isso, é comum que surjam diversos questionamentos sobre eles. Por exemplo, em relação à inserção de DIU. Se você quer tirar todas as suas dúvidas sobre a colocação do Dispositivo Intrauterino, continue a leitura!

Sumário

Qual médico realiza a inserção de DIU?

O médico que realiza a inserção de DIU é o médico ginecologista.

A Dra. Giulia é médica ginecologista especializada em oncologia ginecológica e sexologia. Em sua consulta particular, ela deixa suas pacientes à vontade para tirar dúvidas, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.

Se você realizar a inserção de DIU, ela vai te explicar tudo sobre todos os tipos de DIU para que você possa escolher o método que melhor se adeque ao seu estilo de vida!

Além disso, a Dra. Giulia também pode realizar a inserção de DIU em consultório, caso você deseje mais praticidade e rapidez, ou em centro cirúrgico, caso deseje uma experiência sem dor.

Quer conhecer a Dra. Giulia melhor? Clique aqui para saber o que pacientes reais falam sobre ela!

Veja agora alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:

Inserção de DIU: o que eu preciso saber?

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um dos métodos contraceptivos mais seguros, tendo sua eficácia semelhante à da laqueadura. Pode ser usado por mulheres que nunca tiveram filhos e, além disso, é um método contraceptivo de longa duração.

Mas, se você deseja realizar inserção de DIU, precisa se informar sobre os tipos de DIU, como eles funcionam no corpo de cada mulher, quando estão indicados e quais as possíveis complicações.

Pensando nisso, preparei o artigo de hoje especialmente para explicar essas questões. Confira a seguir!

Como o DIU é inserido?

É possível realizar a inserção de DIU de várias maneiras:

  • No consultório;
  • Em centro cirúrgico, sob sedação. Para pacientes pouco tolerantes à dor, existe a possibilidade de colocar o DIU sob sedação. Assim, a paciente dorme durante todo o procedimento, e quando acordar o DIU já estará dentro de seu útero;
  • No centro cirúrgico, guiado por histeroscopia e também sob sedação. Dessa forma, minimizamos os riscos de perfuração do útero.

Mesmo quando feito em hospital, é um procedimento rápido, sendo possível alta no mesmo dia. Quando feito sem sedação, a paciente sente uma dor pélvica tipo cólica que dura poucos segundos durante o procedimento.

Independentemente da técnica utilizada, a paciente pode sentir uma cólica leve nas horas seguintes após o procedimento. Além de um discreto desconforto nos dias que se seguem.

Como o DIU funciona?

O DIU é um dispositivo inserido dentro do útero. Ele libera substâncias que impedem que o espermatozoide encontre o óvulo. Assim, como resultado, impossibilita a fecundação. Portanto, vale ressaltar que o Dispositivo Intrauterino não é um método abortivo.

Atualmente, existem quatro tipos de DIU disponíveis no Brasil:

Inserção de DIU de cobre

Libera pequenas quantidades de cobre no útero, o que provoca alterações no endométrio e no processo inflamatório na cavidade uterina. Dessa forma, o espermatozoide não consegue sobreviver dentro do útero. Isso impede o seu encontro com o óvulo, não havendo a fecundação.

O DIU de cobre clássico pode permanecer no corpo por 10 anos e não contém hormônios. Existem outros modelos de DIU de cobre que podem durar 3 anos e 5 anos.

No entanto, pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas. Dessa forma, não é indicado para mulheres que já sofrem com essas condições.

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O DIU de cobre pode aumentar as cólicas e o fluxo menstrual.

Inserção de DIU de prata

Este tipo de DIU pequenas quantidades de cobre e de prata, e tem o mesmo efeito contraceptivo do DIU de cobre. Também não tem hormônios e dura 5 anos.

Assim como o DIU de cobre, também pode aumentar a duração e a intensidade do fluxo menstrual, além de aumentar as cólicas. Porém, tem a proposta de que estes efeitos colaterais sejam mais brandos.

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O DIU de prata também pode aumentar as cólicas e o fluxo menstrual, porém em menor intensidade que o DIU de cobre.

Inserção de DIU Mirena

Libera progesterona, hormônio que promove atrofia do endométrio e deixa o muco cervical mais espesso. Além disso, altera a motilidade tubária, impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo.

O efeito do hormônio é apenas local – na maior parte dos casos, a mulher continua ovulando. Geralmente provoca amenorreia (ausência de menstruação). No entanto, nos primeiros meses de uso pode causar irregularidade menstrual ou escapes.

Como efeitos colaterais, em algumas mulheres o DIU Mirena pode provocar aumento da acne, da queda de cabelo e da oleosidade da pele.

Pode ser usado também no tratamento da endometriose, adenomiose e de sangramentos uterinos anormais. Pela bula, tem duração de 5 anos, porém entidades americanas já autorizaram seu uso por 8 anos.

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O DIU Mirena geralmente provoca amenorreia (ausência de menstruação).

Inserção de DIU Kyleena

Semelhante ao DIU Mirena, porém de tamanho menor e com uma dose menor de progesterona.

Tem o mesmo efeito contraceptivo que o DIU Mirena. No entanto, costuma ter menos efeitos colaterais (como acne, queda de cabelo e oleosidade da pele). Isso ocorre justamente por ter uma dose menor de hormônios. 

Geralmente, a mulher que realiza a inserção de DIU Kyleena continua menstruando normalmente, porém em menor intensidade. Às vezes, pode ter escapes.

Por outro lado, não pode ser usado no tratamento da endometriose e de sangramentos uterinos anormais – este DIU é indicado apenas para contracepção. Também tem duração de 5 anos.

Como fica a menstruação após a inserção de DIU?

Qualquer DIU pode causar alterações no padrão menstrual. Os DIUs não hormonais (cobre e prata) podem aumentar o fluxo. Contudo, o de prata tende a fazer isso com menor intensidade e frequência.

Além disso, se você já sofre com cólicas todos os meses, o DIU de cobre pode piorá-las. O DIU de prata também pode, porém em menor intensidade que o DIU de cobre.

Já o DIU Mirena tende a cortar a menstruação, podendo eventualmente causar escapes. O DIU Kyleena, por sua vez, tende a reduzir o fluxo menstrual.

Nos primeiros meses após a inserção dos DIUs hormonais, é esperado haver maior irregularidade menstrual ou escapes. Porém, com o passar dos meses, a tendência é que esses escapes diminuam de frequência ou desapareçam.

Em relação às cólicas, Mirena e Kyleena reduzem ou cortam o fluxo menstrual, diminuindo também as dores. Apesar disso, nos primeiros meses de uso, eles podem causar um pouco de dor pélvica, que tende a melhorar com o tempo.

O que mais pode acontecer no corpo após a inserção de DIU?

Além das alterações no padrão menstrual e das cólicas, existem outras coisas que podem acontecer no corpo após a inserção de DIU. Como, por exemplo:

O DIU pode causar Doença Inflamatória Pélvica

Em algumas situações, o DIU pode carregar microorganismos da vagina para dentro do útero. Causando, então, a infecção deste órgão, das trompas e dos ovários, o que caracteriza a Doença Inflamatória Pélvica (DIPA)

Este quadro geralmente ocorre entre 15 e 30 dias após a inserção do DIU. A DIPA pode se manifestar com febre, dor pélvica, corrimento abundante com odor.

Mesmo quando ocorre a DIPA, geralmente não é necessário retirar o DIU.

abdome agudo
A DIPA pode causar dor abdominal intensa.

Seu corpo pode expulsar o DIU

A expulsão do DIU ocorre principalmente no primeiro mês, em cerca de 5% das mulheres. É mais comum quando inserido imediatamente após o parto ou aborto. A mulher pode sentir cólicas, dor pélvica, sangramento irregular ou até mesmo perceber o fio do DIU na vagina.

O DIU pode perfurar o útero

A perfuração do útero pelo DIU geralmente ocorre durante a sua inserção. Porém, apesar de muito raro, o DIU pode sair de sua posição original dentro do útero e migrar espontaneamente para outros órgãos, como a bexiga.

Deseja realizar a inserção de DIU?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas. Além disso, realizo a inserção do DIU, tanto em consultório quanto em centro cirúrgico.

Busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusiva médica.

Ainda tem dúvidas ou deseja realizar a inserção de DIU? Então clique no botão abaixo e agende sua consulta!

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