A incontinência urinária é uma condição médica comum caracterizada pela perda involuntária de urina. Esta condição pode variar desde pequenos escapes até a completa incapacidade de controlar a micção.
Atinge 45% das mulheres acima dos 40 anos, sendo mais frequente em mulheres idosas. No entanto, também pode acometer homens e mulheres jovens. Essa condição pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar geral do paciente.
Continue lendo para saber mais!
Sumário
- Qual médico trata a incontinência urinária?
- Um pouco de anatomia
- Quais são os tipos de incontinência urinária?
- Diagnóstico da incontinência urinária
- E como funciona o tratamento da incontinência urinária?
- Laser íntimo na incontinência urinária
- Sling – a cirurgia para incontinência urinária
- O que você pode fazer para melhorar a sua perda de urina
- Está perdendo urina?
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Qual médico trata a incontinência urinária?
A incontinência urinária pode ser tratada pelo médico ginecologista ou pelo urologista.
A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista com vasta experiência em cirurgias uroginecológicas, ou seja, relacionadas a condições do trato urinário e genital da mulher.
Além disso, a Dra. Giulia também utiliza o laser do CO2 em seu consultório particular, método cada vez mais utilizado no tratamento de alguns casos de incontinência urinária, por ser pouco invasivo e muito eficaz.
Assim, se você tem incontinência urinária, a Dra. Giulia é altamente capacitada para te ajudar, tanto por meio de cirurgias, quanto por tratamentos clínicos!
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Um pouco de anatomia
Para entender sobre a incontinência urinária, precisamos entender sobre a anatomia do nosso sistema urogenital.
Primeiramente, a bexiga é um órgão oco, capaz de se distender para armazenar urina. A urina é produzida nos rins, a partir da filtração do sangue. Ela é transportada dos rins até a bexiga em canalículos chamados ureteres.
A bexiga é envolvida por um músculo, chamado detrusor. Quando este músculo se contrai, ele impulsiona a urina para fora da bexiga. Assim, o detrusor contrai para esvaziar a bexiga e relaxa para permitir o seu enchimento. A contração e o relaxamento do detrusor são involuntários, ou seja, não dependem do nosso controle.
A urina fica armazenada na bexiga até o momento em que é eliminada para o meio externo, passando pela uretra. Ou seja, a uretra é o canal que conduz a urina da bexiga para o meio externo.
A uretra é envolvida por músculos do assoalho pélvico. Estes músculos se contraem para “fechar” a uretra e impedir a saída da urina. Assim, quando os músculos do assoalho pélvico relaxam, a uretra se “abre” e a urina sai da bexiga.
Quais são os tipos de incontinência urinária?
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, cada um com suas características distintas. Compreender esses tipos é essencial para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento eficaz:
Incontinência urinária de esforço
A incontinência urinária de esforço é a perda de urina quando a mulher tosse, espirra, ri ou faz algum esforço físico. Ocorre por um enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. Estes músculos não conseguem mais sustentar a uretra, que é o canal da urina.
Este tipo de incontinência urinária está associado a diversas causas:
- Número de gestações (independentemente da via de parto)
- Obesidade
- Envelhecimento:
- Fatores genéticos
- Doenças do colágeno (Síndrome de Marfan, Síndrome de Ehlers-Danlos)
- Constipação crônica
- Tosse crônica
- Atividade física intensa
Em todos os casos acima, ocorre um enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. Desta maneira, estes músculos não têm força suficiente para contrair e fechar a uretra.
Incontinência urinária de urgência
Também chamada de urgeincontinência, hiperatividade detrusora ou bexiga hiperativa, trata-se da perda de urina após uma vontade súbita de urinar. Ocorre pela contração involuntária do músculo detrusor (que envolve a bexiga).
Está associada a várias doenças, tais como:
- Diabetes
- Infecção urinária
- Doenças neurológicas (Parkinson, esclerose múltipla, AVC, lesão da medula espinhal e várias outras)
Às vezes, não há nenhuma doença de base e pode estar associada a alguns hábitos de vida, tais como:
- Tabagismo
- Consumo de alimentos e bebidas ácidas (laranja, limão, maracujá, abacaxi)
- Consumo de alimentos apimentados e condimentados (pimenta, jalapeño, curry)
- Consumo de cafeína (café, chá preto, chá verde, chá matte, refrigerantes de cola e guaraná, chocolate, energéticos)
Incontinência urinária mista
Já a incontinência urinária mista é uma mistura dos dois tipos anteriores.
Incontinência urinária por transbordamento
A incontinência urinária por transbordamento ocorre quando existe algum fator obstruindo a saída de urina pela uretra, ou quando há um enfraquecimento do músculo detrusor da bexiga, que não contrai bem o suficiente para eliminar a urina.
Com isso, a bexiga se enche tanto, até atingir o seu limite. Quando chega neste ponto, ela transborda.
A obstrução da saída da urina é mais comum em homens, quando há aumento da próstata. Em mulheres, por outro lado, pode estar associada a tumores pélvicos, como o câncer de colo de útero.
A fraqueza do músculo detrusor da bexiga ocorre em ambos os sexos e está associada à idade avançada, diabetes, alcoolismo e doenças neurológicas.
Incontinência urinária por fístula
Fístula vesicovaginal é formação de um canal comunicando a bexiga e a vagina. Neste caso, a perda urinária é contínua. Esta situação pode ocorrer após procedimentos cirúrgicos, radioterapia pélvica, traumatismos ou câncer ginecológico.
Diagnóstico da incontinência urinária
O diagnóstico adequado da incontinência urinária é essencial para determinar o melhor tratamento. Para isso, o principal exame utilizado para identificar o tipo de perda urinária é o estudo urodinâmico.
Porém, outros exames podem ser necessários, dependendo dos sintomas, do exame físico e do histórico da paciente.
Além disso, vale ressaltar que a urocultura é sempre imprescindível, visto que a infecção de urina por vezes pode se manifestar apenas com perda de urina.
E como funciona o tratamento da incontinência urinária?
O tratamento da incontinência urinária varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição. Existem várias opções disponíveis que são comumente utilizadas. Entre elas, podemos citar:
- Cirurgia: indicada na incontinência de esforço, a cirurgia para incontinência urinária é a cirurgia de sling, na qual uma fita é passada por baixo da uretra, a fim de sustentá-la;
- Medicamentos: inibem as contrações involuntárias do músculo detrusor da bexiga. Por isso, são indicados nos casos de incontinência de urgência;
- Fisioterapia pélvica: indicada para fortalecer os músculos do assoalho pélvico;
- Creme ou gel vaginal de estrogênio: estimula a vascularização da mucosa vaginal, deixando-a mais espessa, mais resistente e mais elástica, melhorando a sustentação da uretra;
- Laser íntimo: promove uma reestruturação do colágeno, melhorando a elasticidade da vagina e assim promovendo uma melhor sustentação da uretra;
- Botox intravesical: paralisa as células do músculo detrusor, sendo portanto útil nos casos de incontinência de urgência.
Laser íntimo na incontinência urinária
O laser de CO2 é um feixe de luz que causa microlesões nas células da região. Com isso, as microlesões estimulam a produção de colágeno, que dá sustentação e elasticidade às paredes vaginais.
Na incontinência urinária, o laser íntimo é útil em casos leves, quando há perda urinária por frouxidão do assoalho pélvico, pois melhora a sustentação da uretra.
O procedimento é simples e indolor. Durante a aplicação do laser, a paciente pode sentir a região esquentar. Além disso, também é rápido, durando de 20 a 30 minutos. É feito em consultório, ou seja, não há necessidade de internação hospitalar.
Podem ser necessárias cerca de três a quatro sessões, com intervalo de 30 a 60 dias entre elas. Geralmente, após isso, é indicado que a paciente faça uma sessão por ano, para manter os resultados.
Sling – a cirurgia para incontinência urinária
A cirurgia para incontinência urinária é chamada de “sling”, que significa “faixa”.
Esta cirurgia consiste na passagem de uma faixa (fita, tela) por baixo da uretra, promovendo sua sustentação. A faixa é passada por meio de um pequeno corte de cerca de 1 cm nas virilhas. Por estes cortes, passam agulhas que servem para guiar a faixa que será ajustada abaixo da uretra.
A faixa deve ser ajustada com muito cuidado, para não ficar frouxa demais (e, assim, a paciente continuar perdendo urina) e nem apertada demais (e, assim, a paciente ficar com retenção urinária no pós-operatório).
A cirurgia é feita totalmente por via vaginal, não havendo cortes no abdome. Os pontos são feitos com fios absorvíveis, não sendo necessário retirá-los.
A cirurgia é sempre realizada em centro cirúrgico. A anestesia geralmente é a raquianestesia com sedação, mas também pode ser anestesia geral. Na maioria das vezes, é possível receber alta no dia seguinte, ou até no mesmo dia.
O pós-operatório costuma ser pouco doloroso e a paciente tem um breve retorno às suas atividades do dia-a-dia.
No entanto, ela deve permanecer de 30 a 45 dias sem ter relações sexuais, e cerca de 60 dias sem atividades físicas intensas.
O que você pode fazer para melhorar a sua perda de urina
Existem várias medidas que você pode fazer para reduzir ou até mesmo acabar com a sua perda de urina, apenas mudando hábitos de vida! Vamos listá-las:
- Exercícios de Kegel: são exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. O ideal é que você aprenda a fazer estes exercícios com o auxílio de um fisioterapeuta especializado em fisioterapia pélvica!
- Parar de fumar: a nicotina estimula contrações involuntárias do músculo detrusor. Além disso, a tosse provocada pelo tabagismo aumenta a pressão sobre os músculos do assoalho pélvico, enfraquecendo-os.
- Evitar o consumo de álcool: o álcool tem efeito diurético, é irritativo para a bexiga (faz o detrusor se contrair) e prejudica a resistência muscular do assoalho pélvico.
- Evitar bebidas e alimentos com cafeína, ácidos, apimentados e condimentados: estes alimentos são irritativos para a bexiga, causando contrações involuntárias do músculo detrusor. Evitar café, chá verde, chá preto, chá mate, bebidas energéticas, chocolate e achocolatados, refrigerantes, frutas cítricas e sucos de frutas cítricas (limão, maracujá, abacaxi, laranja), pimenta do reino, jalapeño, pimenta biquinho, curry, páprica.
- Tratar o intestino preso: a força realizada durante a evacuação pode enfraquecer e lesionar a musculatura do assoalho pélvico.
- Perder peso: o excesso de peso aumenta a pressão exercida sobre os músculos do assoalho pélvico, lesionando-os.
- Beber água: se você não bebe água, sua urina fica mais concentrada e isso irrita a bexiga.
- Urinar regularmente: não prenda o xixi!
Está perdendo urina?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas. Realizo cirurgia de sling e laser de CO2 para incontinência urinária.
Busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusiva médica.
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