Se você tem HPV, primeiramente você deve saber que HPV no colo do útero não é sinônimo de câncer. A estimativa é de que oito em cada 10 mulheres sexualmente ativas têm contato com o HPV em algum momento de suas vidas. Mas, felizmente, poucas delas têm câncer do colo do útero.
Em segundo lugar, existem centenas de subtipos de HPV, que podem ser divididos em subtipos de baixo risco e subtipos de alto risco. Os subtipos de baixo risco não estão associados a nenhum tipo de câncer, podendo no máximo causar verrugas genitais.
Contudo, é válido ter em mente que os subtipos de alto risco podem levar ao desenvolvimento de câncer cervical. No entanto, apenas uma pequena parcela das mulheres infectadas por HPV de alto risco terá câncer de colo de útero.
Se você quer saber mais sobre HPV no colo do útero, continue lendo este artigo!
Sumário
- Qual é o médico que trata de HPV no colo do útero?
- HPV no colo do útero e câncer cervical: qual a relação?
- Quais são os tipos de HPV no colo uterino?
- Toda lesão provocada pelo HPV no colo do útero vira câncer?
- Qual o tratamento para HPV no colo do útero?
- Atenção!
- Quer saber mais sobre HPV no colo do útero?
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Qual é o médico que trata de HPV no colo do útero?
O médico que trata de HPV no colo do útero é o médico ginecologista. Preferencialmente, o ginecologista deve ser especialista em Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) ou em oncologia ginecológica.
A Dra. Giulia Cerutti é ginecologista especializada em oncologia ginecológica. Como você já sabe, o HPV está associado a diversos tipos de câncer do trato genital feminino, como o câncer de colo de útero, de vagina e de vulva.
Assim, a Dra. Giulia tem vasta experiência no tratamento de doenças associadas ao HPV. Desta forma, se você precisa de tratamento para HPV no colo do útero, a Dra, Giulia é a melhor opção para você!
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HPV no colo do útero e câncer cervical: qual a relação?
Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV no colo do útero é assintomática e não produz nenhuma lesão. Porém, em outros casos, o HPV no colo do útero pode se manifestar como Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC). Essa é a lesão precursora do câncer do colo do útero.
Mas por que isso acontece? Bom, quando a NIC ocorre, o vírus infecta as células do colo do útero e causa mutações nelas. Tais mutações fazem com que as células afetadas se multipliquem de modo descontrolado. Essa multiplicação desordenada de células se chama neoplasia.
A NIC é uma lesão restrita ao epitélio. Ou seja, a neoplasia está restrita à camada de revestimento mais superficial do colo do útero. Isso significa que a NIC não é invasiva. Por outro lado, a partir do momento em que a neoplasia se torna invasiva, ela vira um câncer.
A NIC pode ser classificada em:
- NIC 1: acomete apenas um terço do epitélio. Também é chamada de lesão de baixo grau, pois as células mutadas estão pouco diferentes das células normais do colo do útero. A NIC 1 tem grande chance de regredir espontaneamente, ou seja, sumir sozinha, mesmo se não for tratada.
- NIC 2: acomete dois terços do epitélio. Ao contrário da NIC 1, a NIC 2 é uma lesão de alto grau. Neste caso, as células afetadas já estão muito diferentes das células normais do colo do útero.
- NIC 3: acomete todo o epitélio. Também é uma lesão de alto grau, com maior potencial de virar câncer de colo de útero. Também é chamada de carcinoma in situ.
Quais são os tipos de HPV no colo uterino?
Existem dezenas de subtipos do HPV que podem causar infecção no colo do útero. Os subtipos de baixo risco, sobretudo 6 e 11, podem causar a NIC 1 e condilomas (verrugas). Já os de alto risco oncogênico podem causar NIC 1, 2 e 3, principalmente os tipos 16 e 18.
Os subtipos 16 e 18 são responsáveis, juntos, por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Particularmente, o HPV 16 é o subtipo que mais causa infecção persistente, é o mais prevalente na população, e é o mais associado ao câncer de colo de útero.
Toda lesão provocada pelo HPV no colo do útero vira câncer?
Uma grande preocupação de mulheres com HPV no colo do útero é se toda lesão pode virar câncer. Por isso, antes de mais nada, vale ressaltar que não. Inclusive, como dito anteriormente, a maior parte dos casos de NIC 1 regride espontaneamente.
Além disso, uma NIC 2 demora cerca de 2 anos até virar uma NIC 3. Esta, por sua vez, pode demorar até 10 anos para virar um câncer. Ou seja, há tempo suficiente para intervir e impedir que se tornem lesões invasivas.
O Papanicolaou é o exame de rastreamento do câncer cervical, que permite detectar lesões causadas pelo HPV no colo do útero. Assim, é um dos exames que utilizamos para detectar esse tipo de câncer precocemente, ainda na fase de lesão pré-câncer.
Qual o tratamento para HPV no colo do útero?
Realizar exames periódicos é essencial para detectar lesões causadas pelo HPV no colo do útero. E, com a detecção precoce, é possível seguir o tratamento correto, se houver necessidade. Dessa forma, evitamos o câncer do colo do útero.
Dito isso, a escolha do tratamento depende de vários fatores como:
- Grau da lesão (NIC 1, 2 ou 3)
- Idade da paciente
- Comorbidades
- Possibilidade de acompanhamento
- Entre outros
De maneira geral, o tratamento da NIC 1 é expectante, ou seja, apenas acompanhamos com exames regularmente, a cada seis meses. Se ela persistir por dois anos, devemos considerar uma intervenção para tratar a lesão. Nestes casos, pode ser conização/CAF ou cauterização.
Por outro lado, para a maior parte das pacientes com NIC 2 e NIC 3, o tratamento indicado é a conização/CAF.
Mas como funciona cada um desses métodos? Confira a seguir:
Vaporização com laser de CO2
O procedimento de vaporização com laser de CO2 do colo do útero pode ser realizado no consultório do ginecologista para tratar HPV no colo do útero. Essa é uma técnica inovadora e minimamente invasiva. É uma das opções de tratamento para NIC 1 persistente ou verrugas no colo do útero.
Eletrocauterização
Nesse método de tratamento, é utilizado um aparelho para queimar as lesões provocadas pelo HPV. Esta técnica é reservada para o tratamento de verrugas no colo do útero.
Conização do colo uterino
A conização do colo uterino, por sua vez, é a retirada de um fragmento do colo do útero. É um procedimento realizado nas lesões de alto grau, como a NIC 2 e a NIC 3. Este procedimento pode ser realizado por diversas técnicas diferentes:
- Bisturi frio
- Bisturi elétrico
- Cirurgia de Alta Frequência (CAF): é uma alça que corta e cauteriza ao mesmo tempo, retirando o fragmento do colo do útero que contém a NIC.
Assim, para as lesões de alto grau no colo do útero, a conização por CAF é, na maioria das vezes, o procedimento de escolha.
Atenção!
Se o HPV não está causando nenhuma lesão no colo do útero, nenhum tratamento é necessário!
Existem exames que detectam a presença do vírus no nosso trato genital. É o caso, por exemplo, dos exames de captura híbrida e PCR. Estes exames detectam a presença do DNA (material genético) do vírus na vagina, vulva e colo do útero. No entanto, ter o vírus não significa ter lesão.
Lembre-se: mais da metade da população é portadora de HPV. No entanto, apenas uma pequena porcentagem desenvolve alguma lesão causada pelo HPV.
Ter HPV no colo do útero não significa que você tem NIC! Ou seja, ter exames de PCR e captura híbrida positivos não indicam, necessariamente, que há lesão no colo do útero.
Para saber se você tem NIC, você deve realizar exames como Papanicolaou, colposcopia e biópsia de colo de útero.
Quer saber mais sobre HPV no colo do útero?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.
Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças ginecológicas. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e em consultório. Inclusive, realizo tratamentos diversos para o HPV no colo do útero, como a conização.
Durante as consultas, busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Isto é, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento.
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