Saiba tudo sobre o Tratamento do HPV

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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

O Papilomavírus Humano (HPV) é o vírus responsável por cerca de 99% dos casos de câncer de colo de útero, e também por boa parte dos casos de câncer de vulva e de vagina. Assim, o tratamento do HPV é fundamental para a prevenção destes tipos de câncer.

Médica Especialista no Tratamento do HPV

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista especializada em oncologia ginecológica, o ramo da ginecologia que cuida de câncer do aparelho genital. Por exemplo, do câncer de colo de útero, de vagina e de vulva, causados principalmente pelo HPV.

Por isso, a Dra. Giulia tem vasta experiência no tratamento do HPV. Com ela, as pacientes podem realizar tratamentos como conização/CAF, laser de CO2, cauterização e vários outros, garantindo os melhores resultados.

Porém, com a Dra. Giulia, o tratamento do HPV vai muito além dos procedimentos realizados.

Ela te ajudará a superar o HPV por completo. Te dará apoio psicológico para se soltar das amarras que a infecção te trouxe. Te ouvirá e te acolherá sem julgamentos.

A Dra. Giulia é médica ginecologista com mais de 10 anos de experiência. Formou-se em Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.

Ela atende no bairro da Consolação, em São Paulo – SP.

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja algumas opiniões de pacientes que já se consultaram com a Dra. Giulia:

Sumário

O que é o HPV?

O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que infecta o trato genital feminino. A sua transmissão ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada (vaginal, oral ou anal).

Existem dezenas de subtipos do HPV, sendo quatro deles os mais comuns – 6, 11, 16 e 18.

Os subtipos de baixo risco (6, 11 e outros) são responsáveis pelo desenvolvimento de condilomas (verrugas genitais).

verrugas
Verrugas genitais são lesões causadas pelos subtipos de baixo risco do HPV.

Já os de alto risco (16, 18 e outros) causam as Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NIC), o câncer de colo de útero e outras neoplasias do trato genital inferior (câncer de vagina, câncer de vulva). Falaremos sobre estas lesões mais adiante.

O que acontece com o HPV quando ele entra no nosso corpo?

Quando o HPV infecta o nosso organismo, ele pode seguir três caminhos diferentes:

  • Ser eliminado espontaneamente pelo sistema imunológico;
  • Ficar latente no organismo, quietinho, sem causar nenhuma lesão;
  • Causar lesão – os subtipos de baixo risco causam verrugas, e os subtipos de alto risco causam lesões que podem evoluir para câncer.

O que vai determinar qual caminho o vírus vai seguir é a nossa imunidade. Ou seja, para o nosso organismo conseguir eliminar o vírus sozinho, a nossa imunidade precisa estar boa. Falaremos sobre isso mais adiante.

Porém, você deve saber que a maior parte das infecções pelo HPV é transitória. Assim, a maioria das pessoas consegue eliminar o vírus.

Além disso, quando o vírus entra no nosso corpo, ele infecta o epitélio, a camada de revestimento mais superficial do colo do útero, da vagina, da vulva, da região perianal. Ou seja, ele não cai na corrente sanguínea.

Como saber se eu tenho HPV?

Como dito anteriormente, o HPV pode infectar o nosso corpo e ficar latente, sem causar nenhuma lesão.

Os exames que realizamos rotineiramente, como o Papanicolaou e a colposcopia, não detectam a infecção pelo HPV, mas sim a lesão causada pelo vírus.

exame de papanicolau
O Papanicolaou não detecta a infecção pelo HPV, mas sim a lesão causada pelo vírus.

Assim, podemos ficar infectados pelo HPV por meses, anos, até décadas, sem apresentar nenhuma lesão. Desta forma, também podemos ficar longos períodos com exames normais, mesmo tendo o vírus no nosso corpo!

Como saber se eu tenho HPV então, quando o vírus está latente?

É por meio dos testes de biologia molecular: o PCR e a captura híbrida.

Se os exames de PCR ou captura híbrida estão positivos, mas o Papanicolaou e a colposcopia estão normais, não é necessário nenhum tratamento do HPV. Afinal, não há nenhuma lesão.

Como o HPV é transmitido?

Você já aprendeu que o HPV infecta o epitélio, a camada de revestimento mais superficial do colo do útero, vagina e vulva.

Por isso, a transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele e a mucosa contaminadas. Não ocorre pelo contato com secreções. A transmissão por objetos contaminados não é comprovada.

É possível também pegar o vírus mesmo utilizando preservativo. A camisinha protege contra cerca de 70% das transmissões do HPV.

Isso porque o vírus pode infectar áreas que não são protegidas pelo preservativo, como os lábios, a base do pênis, o púbis e a bolsa escrotal.

Além disso, os subtipos do HPV que infectam a região genital também infectam a boca, a garganta e o ânus. Por isso, o HPV também pode ser transmitido pelo sexo anal e sexo oral.

Tratamento do HPV: quais são as opções?

Estima-se que mais da metade da população esteja contaminada pelo papilomavírus humano. Além disso, cerca de 80% da população sexualmente ativa já entrou em contato com o vírus em algum momento da vida.

Na mulher, o HPV infecta a região genital: colo do útero, vagina e vulva. Da mesma forma, no homem, o vírus pode infectar o pênis.

Além disso, pode infectar outros locais do corpo, como boca, garganta e ânus. Em todos estes locais, pode provocar verrugas do HPV ou câncer.

Quanto melhor a imunidade da mulher, maiores as chances de eliminar o vírus do organismo.

Assim, situações em que a imunidade da mulher está comprometida favorecem o surgimento e a evolução das lesões provocadas pelo HPV. É o caso, por exemplo, de mulheres infectadas pelo HIV sem tratamento, e de mulheres em uso crônico de corticóides ou imunossupressores.

Quando o tratamento do HPV é necessário, é importante lembrar que ele visa eliminar as lesões e não o vírus. Assim, mesmo após o tratamento das lesões, o vírus permanece no organismo. Assim, mesmo após o tratamento do HPV, as lesões podem voltar.

Dito isso, existem diversos métodos de tratamento do HPV que podem ser utilizados, incluindo:

Tratamento das verrugas genitais

Para as verrugas genitais, o tratamento do HPV depende da extensão das lesões. Assim, no caso de lesões mais extensas, é possível fazer a destruição das lesões por:

  • Eletrocauterização
  • Laser de CO2
  • Alta frequência

laser
O laser de CO2 pode ser usado para o tratamento das verrugas genitais.

Também é possível fazer o tratamento para verrugas genitais pela cauterização química com ácido tricloroacético (ATA), que faz como se fosse uma queimadura no local.

Uma alternativa é o tratamento do HPV com o uso de imunomoduladores tópicos, que recrutam células inflamatórias que destroem as verrugas.

Tratamento da NIC

Quando falamos de tratamento do HPV, sempre precisamos falar sobre NIC.

Veja este vídeo para entender o que é NIC:

Agora vamos lá: NIC significa Neoplasia Intraepitelial Cervical. Vamos entender o que isso significa:

Neoplasia significa uma proliferação anormal de um grupo de células. Quando o HPV entra no nosso corpo, ele infecta as células e causa mutações nelas. Essas mutações fazem as células se proliferarem descontroladamente. Isso se chama neoplasia.

Intraepitelial significa restrita ao epitélio. Epitélio é a camada de revestimento mais superficial do colo do útero. Quando a neoplasia deixa de ser intraepitelial, ela se torna um câncer.

Cervical diz respeito ao colo do útero. Ou seja, uma NIC é uma lesão pré-câncer de colo de útero. Se não tratada, ela pode evoluir para câncer.

nic
Epitélio escamoso do colo do útero. Evolução da NIC até o câncer.

O tratamento da NIC depende do grau da lesão.

  • A NIC I, ou lesão de baixo grau, na maioria das vezes regride espontaneamente. Assim, a NIC I pode ser apenas acompanhada (conduta expectante) a cada seis meses. Se persistir por dois anos, deve ser tratada.
  • A NIC II, em mulheres com menos de 25 anos, também pode ser acompanhada.
  • A NIC II, em mulheres com mais de 25 anos, deve ser tratada com a conização/CAF, que é a retirada de um fragmento do colo do útero que contém a lesão.
  • A NIC III também sempre deve ser tratada com a conização/CAF.

conização
A conização é o tratamento para lesões de alto grau do colo do útero (NIC II/III).

Tratamento da NIV

NIV significa Neoplasia Intraepitelial Vulvar. É a lesão precursora do câncer de vulva. Ou seja, assim como a NIC pode evoluir para o câncer de colo de útero, a NIV pode evoluir para o câncer de vulva.

A NIV pode ser causada tanto pelo HPV quando por outra condição vulvar chamada líquen. Quando causada pelo HPV, a NIV geralmente é composta por lesões acastanhadas e verrucosas.

O tratamento do HPV, no caso da NIV, pode ser feito de diversas maneiras:

  • Destruição com laser de CO2
  • Imunomoduladores tópicos
  • Remoção cirúrgica das lesões

Tratamento da NIVA

NIVA significa Neoplasia Intraepitelial Vaginal. Agora você já sabe que NIVA é a lesão precursora do câncer de vagina.

A NIVA é uma lesão que é diagnosticada apenas pela colposcopia. Este exame permite a avaliação detalhada do colo do útero e da vagina, por meio de um aparelho que se assemelha a um binóculo.

colposcopia
As NIVAs são lesões diagnosticadas pela colposcopia.

Durante a colposcopia, utilizamos dois reagentes e corantes que facilitam a visualização das lesões – o ácido acético e o iodo. Se o médico observa alguma área suspeita, ele faz uma biópsia. É por meio da biópsia de vagina que temos o diagnóstico de NIVA.

O tratamento do HPV, no caso da NIVA, pode ser feito de duas maneiras:

  • Laser de CO2: o laser não aprofunda mais que o necessário nos tecidos da vagina, evitando fibroses, aderências e úlceras.
  • Imunomoduladores tópicos, que recrutam células de defesa para o local. Os efeitos colaterais dos imunomoduladores podem incluir febre, dor no corpo, dor de cabeça, mal estar.

Como eliminar o HPV do organismo?

Quando falamos de tratamento do HPV, o mais importante não é eliminar o HPV do organismo. Mas sim, devemos focar em ficar sem lesão.

Lembre-se: o vírus pode ficar latente no nosso corpo sem causar lesão por meses, anos, até décadas. Por isso, não devemos nos preocupar se temos o vírus. Devemos nos preocupar se ele está causando lesão!

No entanto, para fazer o tratamento do HPV corretamente, devemos tomar algumas medidas. Tanto para eliminar o HPV do organismo, quanto para impedir que ele cause lesão.

Para isso, é necessário estimular o sistema imunológico. Dessa forma, com a imunidade fortalecida, o organismo pode eliminar o vírus.

Para melhorar a imunidade no tratamento do HPV, algumas medidas são fundamentais:

  • Alimentação saudável e equilibrada, para garantir todos os nutrientes necessários para o seu corpo.
  • Atividade física, para reduzir os níveis de cortisol do organismo. O cortisol é um hormônio imunossupressor, ou seja, que reduz as células de defesa do nosso corpo.
  • Sono adequado e de qualidade. A privação de sono aumenta os níveis de cortisol.
  • Cessar tabagismo.
  • Reduzir o consumo de álcool.
  • Repor vitaminas quando necessário. Não é necessário fazer uso de multivitamínicos se não há deficiência de vitaminas.

imunidade
Ter um estilo de vida saudável, com alimentação saudável e prática de atividade física, é fundamental para melhorar a imunidade.

Tratamento de condições associadas

Se você quer garantir um tratamento do HPV adequado, você precisa tomar outros cuidados com a sua saúde intima. Isso porque existem algumas condições que, quando presentes, favorecem a infecção pelo HPV e facilitam que o vírus cause lesão. Por exemplo:

  • Vaginose bacteriana: é um desequilíbrio da flora vaginal, causado por bactérias como Gardnerella vaginalis e Mobiluncus, caracterizada por um aumento do pH vaginal (redução da acidez).
  • Outras infecções sexualmente transmissíveis: clamídia, gonorreia, herpes, tricomoníase, sífilis.

vaginose
A vaginose bacteriana é uma condição que predispõe o surgimento de lesões causadas pelo HPV.

Além disso, você precisa também de cuidados com a sua saúde como um todo. Já mencionamos sobre como a imunidade interfere no tratamento do HPV.

As condições abaixo prejudicam diretamente a sua imunidade. Assim, se você quer otimizar o seu tratamento do HPV, você deve tratá-las imediatamente:

  • Stress, ansiedade, depressão e outros distúrbios psiquiátricos.
  • Diabetes
  • Infecção pelo HIV

Tratamento do HPV com conização/CAF

Quando falamos de tratamento do HPV para lesões de alto grau do colo do útero (NIC II e III), sempre falamos de conização/CAF. Mas o que são? Qual a diferença entre elas?

Bem, conização é um procedimento cirúrgico no qual um fragmento do colo do útero é retirado. Já CAF significa Cirurgia de Alta Frequência. É uma técnica utilizada em vários procedimentos em ginecologia. Um dos procedimentos em que usamos a CAF é a conização.

Ou seja: conização é o procedimento. CAF é a técnica.

conizacao
A conização por CAF é uma opção de tratamento das lesões de alto grau do colo do útero.

Laser de CO2 no tratamento do HPV

A grande vantagem do laser de CO2 no tratamento do HPV é que o laser é altamente preciso. Assim, ele atinge apenas as lesões causadas pelo HPV (especialmente as verrugas da vulva e lesões vaginais). Ou seja, não causa danos nas regiões saudáveis próximas às verrugas.

Além disso, o laser de CO2 também garante um bom resultado estético. Isso porque o laser não aprofunda mais do que o necessário nos tecidos, por isso não forma fibroses e aderências, além de facilitar a cicatrização.

O laser de CO2 pode ser usado no tratamento do HPV para verrugas, NIC I persistente, NIVA e NIV.

Vacina para HPV

Ao falar do tratamento do HPV, é importante também abordar sobre prevenção. Hoje dispomos de dois tipos de vacinas que protegem contra o HPV: a vacina tetravalente e a vacina nonavalente.

A vacina tetravalente protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18. Ela protege contra cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Esta vacina está disponível no SUS para:

  • Meninos e meninas dos 9 aos 14 anos – atualmente, no esquema de dose única.
  • Pessoas imunossuprimidas (HIV, transplantadas, em quimioterapia, em uso de imunossupressores) dos 9 aos 45 anos – no esquema de três doses.

Já a vacina nonavalente protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV. Ela protege contra cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero.

A vacina nonavalente está disponível apenas na rede privada. Está indicada para pessoas dos 9 aos 45 anos de idade, devendo ser tomada em três doses.

Se você já tomou a vacina tetravalente e deseja tomar a nonavalente, saiba que é possível sim tomar a vacina, desde que você espere o intervalo de um ano entre a última dose da tetravalente e a primeira dose da nonavalente.

vacina
A vacina do HPV está indicada para meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade.

Se você já teve HPV, ou até mesmo se você já teve lesão causada pelo HPV, ainda assim vale a pena tomar vacina! Por vários motivos:

  • A vacina protege contra vários subtipos, inclusive subtipos pelos quais você ainda não se contaminou. Por exemplo, se você já se contaminou com o HPV 31, a vacina nonavalente ainda vai te proteger contra outros 8 subtipos diferentes.
  • A vacina protege contra reinfecção. Sabemos que é muito comum o organismo eliminar o vírus. Porém, a nossa memória imunológica natural não é tão boa quanto a conferida pela vacina. Ou seja, se você se contaminou pelo subtipo 31, conseguiu eliminá-lo e entrar em contato com ele novamente, você pode se contaminar novamente. Porém, se você tomar a vacina, você não vai se reinfectar.
  • A vacina evita recidivas. Se você já teve uma lesão provocada pelo HPV, por exemplo, uma NIC, a vacina vai reduzir a chance de você formar uma NIC novamente.

Atenção! A vacina não é um tratamento do HPV para quem já tem o vírus, mas sim uma maneira de evitar formas graves da infecção!

Escolha do método contraceptivo

O seu método contraceptivo não é por si só um tratamento do HPV.

Porém, o seu método contraceptivo pode interferir no curso da sua infecção pelo HPV. Isso porque, enquanto alguns métodos contraceptivos reduzem o risco do HPV causar lesão no colo do útero, outros métodos podem aumentar este risco.

Vamos falar a respeito:

  • DIU: tanto os DIUs hormonais quanto os DIUs não hormonais são benéficos para quem tem HPV. O fio do DIU ativa as células de defesa do colo do útero, melhorando a imunidade local.
  • Camisinha: que a camisinha protege contra o vírus, você já sabe. Mas e para quem já tem o vírus? A camisinha é um excelente método também. Isso porque a camisinha protege contra outras ISTs, como a clamídia e a gonorreia. Como já vimos, essas infecções, quando presentes, facilitam que o HPV cause lesão.

diu
O DIU é considerado um método protetor para o colo do útero de mulheres portadoras de HPV de alto risco.

  • Métodos combinados: os métodos hormonais que contêm estrogênio são métodos que aumentam o risco de o HPV causar lesão no colo do útero. Isso porque no colo do útero, existem algumas células que são mais suscetíveis à infecção pelo HPV. Geralmente, estas células ficam “escondidas”. Porém, o estrogênio “expõe” estas células, deixando-as suscetíveis às lesões causadas pelo HPV. Os métodos combinados com estrogênio são: pílulas combinadas, adesivo, injeção mensal e anel vaginal.
  • Métodos com progesterona isolada: estes métodos são neutros. Não fazem nem mal nem bem para quem tem HPV. São eles: pílula de progesterona isolada, injeção trimestral e implanon.

Mas atenção! Métodos combinados não são uma contraindicação absoluta para quem tem HPV. Se você tem HPV e usa um método combinado, converse com o seu médico para avaliar se deve trocar de método ou não.

Acompanhamento após tratamento do HPV

O tratamento do HPV não visa eliminar o vírus, mas sim as lesões causadas por ele. Assim, como o vírus pode continuar no corpo, as lesões podem voltar.

É muito comum a recidiva de verrugas após o tratamento, o que gera muita angústia para as pacientes. No entanto, verrugas são lesões benignas, que não viram câncer. Apesar do estigma e da preocupação estética, elas não têm potencial de malignização.

Já as neoplasias intraepiteliais devem ser acompanhadas de perto após o tratamento do HPV.

Por exemplo, quando realizamos uma conização por NIC II ou III, a peça cirúrgica é enviada para análise em laboratório (anatomopatológico). Nessa análise, o patologista avalia as margens (bordos) da peça, ou seja, vê se esses bordos estão preenchidos por NIC ou não.

  • Quando as margens estão livres de lesão, ou comprometidas por NIC I, o acompanhamento deve ser feito com Papanicolaou (com ou sem colposcopia) de 6 em 6 meses por um ano.
  • Quando as margens estão comprometidas por NIC II ou NIC III, o acompanhamento deve ser feito com Papanicolaou e colposcopia de 6 em 6 meses por dois anos.

É importantíssimo continuar acompanhando após o tratamento do HPV! Assim, caso as lesões voltem, conseguimos detectar precocemente, a fim de evitar um câncer.

Afinal, HPV tem cura?

Como dito anteriormente, quando falamos de tratamento do HPV, falamos de tratamento das lesões causadas pelo vírus, e não da eliminação do vírus.

Porém, você deve saber que tanto as lesões quanto o vírus em si têm cura.

Existem diversas opções de tratamento de lesões causadas pelo HPV, que podem ser curadas.

Além disso, o vírus do HPV também pode ser eliminado pelo organismo – inclusive, é o que acontece na maioria das pessoas.

Por isso, sim, HPV tem cura!

Precisa de tratamento do HPV?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos a mulheres de todas idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento do HPV e diversas outras doenças ginecológicas. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e em consultório.

Busco dar um atendimento único e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Avalio não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento do HPV.

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Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Veja este vídeo relacionado ao tratamento do HPV:

Mais informações: Manual MSD

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