Prolapso genital: o que é, causas e tratamento cirúrgico

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Dra Giulia Cerutti

Médica ginecologista

Prolapso genital, ou prolapso de órgãos pélvicos, é o nome dado à “queda” dos órgãos da pelve, tais como útero, bexiga e reto.

Em casos mais avançados, esses órgãos podem se deslocar para fora da vagina, fazendo com que a mulher perceba uma “bola”.

Qual médico que trata de prolapso genital?

O melhor médico para tratar o prolapso genital é o médico ginecologista com experiência em cirurgia ginecológica, particularmente cirurgia vaginal.

A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista com grande habilidade em cirurgias ginecológicas. Tanto cirurgias de alta complexidade, quanto cirurgias extremamente delicadas.

Além disso, a Dra. Giulia tem formação em cirurgia vaginal pelo Hospital Evangélico de Londrina, um dos maiores centros de formação em cirurgia vaginal do país.

Por isso, a Dra, Giulia tem vasta experiência no tratamento do prolapso genital, realizando procedimentos como histerectomia vaginal e perineoplastia.

A Dra. Giulia é médica ginecologista com mais de 10 anos de experiência. Formou-se em Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington, um dos maiores centros de tratamento de câncer ginecológico do Brasil.

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

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Sumário

O que é prolapso genital?

O prolapso genital é uma condição na qual os músculos do assoalho pélvico perdem a capacidade de sustentar os órgãos da pelve, que é formado por músculos e ligamentos. Ou seja, é causado pela flacidez, frouxidão, ruptura e/ou estiramento do seu aparelho de suspensão e de sustentação. 

Isso provoca uma perda do suporte dos órgãos pélvicos e leva a uma “queda” desses órgãos, caracterizando o prolapso genital. Entre os mais comuns, podemos citar:

  • Prolapso uterino: queda do útero;
  • Cistocele: queda da bexiga (ou prolapso de parede anterior), também conhecida como bexiga baixa ou bexiga caída;
  • Retocele: queda do reto (ou prolapso de parede posterior);
  • Prolapso de cúpula vaginal: queda do fundo da vagina, em pacientes que tiveram seu útero removido.

prolapsos genitais
Prolapsos genitais. Da esquerda para a direita: anatomia normal – cistocele – prolapso uterino – retocele.

Estes prolapsos podem estar isolados ou virem em conjunto em uma mesma paciente. O prolapso genital pode ser percebido pela mulher como uma “bola na vagina”, e pode estar associado ou não a incontinência urinária.

Mas atenção: bexiga baixa (cistocele) é diferente de bexiga solta (incontinência urinária). Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Ou seja, a mulher faz xixi quando tosse, espirra, faz esforço físico ou tem uma vontade súbita de urinar.

Apesar de muitas vezes estarem presentes na mesma mulher, nem sempre a cistocele está acompanhada de incontinência urinária. Além disso, nem sempre a incontinência urinária está acompanhada de cistocele!

incontinencia urinaria
Nem sempre o prolapso genital está acompanhado de incontinência urinária.

Quais são as causas do prolapso genital?

As principais causas de prolapso genital são aquelas que estão relacionadas ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e ao aumento crônico da pressão intra-abdominal.

As causas relacionadas ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico são:

  • Partos normais: quanto maior o número de partos normais, maior a chance de haver rupturas musculares
  • Envelhecimento: os músculos do assoalho pélvico ficam flácidos com o envelhecimento
  • Genética: predisposições genéticas favorecem o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico
  • Doenças do colágeno: síndromes genéticas como síndrome de Marfan e síndrome de Ehlers-Danlos

idosa
O envelhecimento é uma causa relacionada aos prolapsos genitais.

Por outro lado, existem também as causas relacionadas ao aumento da pressão abdominal. Esta condição aumenta a pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico, favorecendo o prolapso genital.

  • Obesidade: o aumento do peso abdominal aumenta a pressão sobre os músculos perineais
  • Gestação (independente da via de parto)
  • Tosse crônica: por exemplo, mulheres tabagistas
  • Constipação crônica: o excesso de força para evacuar também exerce pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico
  • Atividades que requisitam força: por exemplo, mulheres cujo trabalho exige o levantamento de objetos pesados
  • Atividade física intensa

obesidade
A obesidade é um fator de risco para prolapso genital.

Como funciona o tratamento do prolapso genital?

O tratamento do prolapso genital na maioria das vezes é cirúrgico, feito por via vaginal, sem cortes na barriga. Várias técnicas podem ser empregadas.

Geralmente, realizamos uma histerectomia vaginal (retirada do útero pela vagina) para corrigir o prolapso uterino. Além disso, fazemos uma perineoplastia para corrigir a cistocele e a retocele.

Em mulheres muito idosas ou com muitos problemas de saúde, é possível o uso de pessários (dispositivos em forma de anéis vaginais). Eles são introduzidos na vagina juntamente com os órgãos prolapsados.

Perineoplastia

A perineoplastia, ou cirurgia do períneo, consiste em devolver a bexiga e o reto para os seus locais de origem. É um procedimento realizado em centro cirúrgico, geralmente sob raquianestesia e sedação.

A colpoperineoplastia anterior é realizada no caso de cistocele, ou seja, quando a bexiga está para fora. Por outro lado, a colpoperineoplastia posterior é realizada nos casos de retocele, ou seja, quando o reto está se exteriorizando pela vagina.

bexiga baixa
A colpoperineoplastia anterior é realizada nos casos de cistocele.

Ainda podemos realizar a reconstrução do corpo perineal, realizada nos casos de rotura perineal. A rotura perineal muitas vezes é percebida pela paciente como “vagina larga”.

É importante lembrar que a perineoplastia não trata a incontinência urinária. A incontinência urinária deve ser tratada com outro procedimento: a cirurgia de sling.

Assim, caso a paciente com prolapso genital também apresente incontinência urinária, os dois procedimentos (perineoplastia e cirurgia de sling) podem ser realizados no mesmo tempo cirúrgico.

Histerectomia vaginal

A histerectomia vaginal é a remoção cirúrgica do útero pela vagina, sem cortes na barriga. É a principal cirurgia realizada em caso de prolapso uterino (queda do útero).

prolapso
O prolapso uterino (“útero para fora”) é a principal indicação de histerectomia vaginal.

A histerectomia vaginal deve ser realizada em centro cirúrgico, geralmente sob raquianestesia e sedação.

Como a principal indicação da cirurgia é o prolapso uterino, e geralmente outros órgãos também estão prolapsados (como a bexiga e o reto), então estes órgãos também são corrigidos no mesmo tempo cirúrgico, por meio da perineoplastia.

Caso a paciente também apresente incontinência urinária, esta condição também é resolvida no mesmo procedimento, por meio da cirurgia de sling.

Em comparação com outros tipos de histerectomia, como a histerectomia abdominal e a histerectomia por vídeo, a histerectomia vaginal tem muitas vantagens, a saber:

  • Menor incidência de complicações
  • Menor dor no pós-operatório
  • Recuperação mais rápida

Colpocleise e colpofixação sacroespinhal

Em algumas situações, uma paciente que já retirou o útero também pode apresentar um prolapso genital chamado prolapso de cúpula vaginal. Isso quer dizer uma queda do fundo da vagina.

prolapso
Quando a mulher não tem mais útero, pode haver o prolapso do fundo da vagina.

Uma das possibilidades terapêuticas para o prolapso de cúpula vaginal é a colpofixação sacroespinhal. Nessa cirurgia, o fundo da vagina é fixado nos ligamentos do sacro (osso da pelve), impedindo um novo prolapso genital.

Outra possibilidade de tratamento é a colpocleise. Neste procedimento, por outro lado, o prolapso genital é resolvido fechando a totalidade ou parte do canal vaginal.

A colpocleise é um procedimento mais simples que a colpofixação sacroespinhal. No entanto, não está indicada para pacientes que ainda têm vida sexual ativa, pois após a colpocleise a paciente não poderá mais ter penetração vaginal.

Pessários

Pessários são dispositivos em forma de anéis vaginais, que são introduzidos na vagina juntamente com os órgãos prolapsados, a fim de corrigir o prolapso e evitar a cirurgia.

Os pessários estão indicados quando a paciente tem muitos problemas de saúde e o risco cirúrgico é muito elevado. Outra indicação do uso de pessários é quando a paciente não tem vontade de operar.

pessario
Pessários são anéis introduzidos na vagina para corrigir os prolapsos.

E como é o pós-operatório da cirurgia para prolapso genital?

Por ser uma cirurgia feita totalmente por via vaginal, a recuperação da cirurgia para prolapso genital é rápida e tranquila, sendo possível receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo da técnica utilizada.

Nos primeiros dias, a paciente pode sentir algum desconforto ou dor leve.

A paciente deve permanecer algumas semanas sem praticar atividades físicas e sem ter relação sexual, para permitir a cicatrização adequada da área operada. No entanto, pode retornar rapidamente às suas atividades do dia-a-dia (cozinhar, lavar a louça, dirigir).

pos op
Para uma recuperação adequada, é fundamental não fazer esforço físico nem levantar peso por seis a oito semanas.

O retorno ao trabalho depende da atividade exercida pela paciente.

Após respeitar o período de recuperação, a mulher poderá voltar a ter relações sexuais normalmente, sem nenhum prejuízo para o seu prazer sexual.

A cirurgia para prolapso genital não afeta os hábitos urinários nem intestinais da mulher.

Precisa de ajuda?

Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica.

Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das mais diversas doenças ginecológicas. Inclusive, realizo cirurgias para prolapso genital, tais como perineoplastia, histerectomia vaginal e colpocleise.

Dra. Giulia Cerutti - Ginecologista

Busco dar um atendimento individualizado e que atenda às minhas pacientes de maneira integral, com avaliação não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental. Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento, não sendo esta decisão exclusiva médica.

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