Você já se perguntou como ocorre a lubrificação vaginal? Esse é um fenômeno complexo e multifacetado, resultado de uma combinação entre diversos processos fisiológicos. Contudo, entender como funciona é fundamental para o prazer sexual e o bem-estar íntimo de uma mulher.
Continue lendo para entender mais sobre a lubrificação vaginal!
Sumário
- Estou com pouca lubrificação vaginal. Qual médico pode me ajudar?
- Como ocorre a lubrificação vaginal?
- E a mulher na menopausa?
- O colo do útero auxilia na lubrificação vaginal?
- Dicas para melhorar a sua lubrificação vaginal
- Está com pouca lubrificação vaginal?
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Estou com pouca lubrificação vaginal. Qual médico pode me ajudar?
O médico mais capacitado para ajudar mulheres com pouca lubrificação vaginal é o médico ginecologista. Se o médico for especialista em Sexologia Humana, é um diferencial, já que, na maioria das vezes, problemas com a lubrificação vaginal estão relacionados à sexualidade da mulher.
Além disso, é desejável que o ginecologista e sexólogo tenha prática com o laser íntimo. Isso porque, muitas vezes, o laser íntimo é um aliado para o tratamento da falta de lubrificação vaginal.
A Dra. Giulia Cerutti é médica ginecologista e sexóloga. Além disso, tem grande experiência com o uso do laser íntimo. Com isso, garante às pacientes com baixa lubrificação vaginal o melhor atendimento.
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Leia abaixo alguns depoimentos de pacientes da Dra. Giulia:
Como ocorre a lubrificação vaginal?
Como já dito, a lubrificação vaginal é complexa. Ela ocorre de várias maneiras diferentes, sendo uma combinação de um transudato das paredes vaginais com a secreção das glândulas de Skene e das glândulas de Bartholin, além do muco produzido pelo colo do útero.
Transudato das paredes vaginais
Transudato é a passagem de líquidos dos vasos sanguíneos para as membranas (nesse caso, a mucosa). Quanto maior é a vascularização da região genital (ou seja, a quantidade de vasos sanguíneos), maior é a capacidade de gerar transudato e, assim, maior a capacidade de se lubrificar.
Quando a mulher está excitada, ocorre um aumento do fluxo de sangue na região genital. Esse aumento do fluxo de sangue promove um maior transudato para as mucosas, o que deixa então a região genital com uma secreção mais fluida.
O estrogênio é responsável por promover a vascularização da região genital. Ou seja, quanto mais estrogênio a mulher tem, maior é a quantidade de vasos sanguíneos na vagina e na vulva. Assim, maior é a capacidade de formar transudato e, consequentemente, de se lubrificar.
Algumas situações reduzem o estrogênio circulante no nosso corpo, reduzindo assim o transudato das paredes vaginais, o que prejudica a lubrificação vaginal. Por exemplo:
- Menopausa: é caracterizada pela falência dos ovários, que deixam de produzir estrogênio
- Uso de contraceptivos contendo estrogênio: o estrogênio do anticoncepcional reduz a produção do estrogênio pelos nossos ovários
- Remoção cirúrgica dos ovários
- Amamentação: neste momento da vida da mulher, há aumento da produção da prolactina, hormônio que reduz os níveis de estrogênio
- Quimioterapia: alguns medicamentos podem causar falência dos ovários
- Radioterapia pélvica: a radiação causa falência ovariana
Outras situações podem prejudicar a vascularização da região genital, prejudicando também a lubrificação vaginal. São elas:
- Tabagismo: a nicotina reduz o calibre dos vasos, assim, menos sangue chega nos órgãos
- Radioterapia pélvica: além de causar falência ovariana, como dito anteriormente, a radioterapia pélvica também prejudica a circulação local
Glândulas de Skene
As glândulas de Skene também são chamadas de glândulas parauretrais, pois ficam de cada lado da uretra.
Estas glândulas produzem uma secreção transparente e fluida. Às vezes, essa secreção pode ser liberada em forma de jatos, representando a ejaculação feminina.
Glândulas de Bartholin
As glândulas de Bartholin, por sua vez, ficam localizadas na face interna dos grandes lábios, bilateralmente.
Estas glândulas produzem uma secreção mucóide, mais espessa, viscosa e elástica, que deixa a vagina lubrificada.
E a mulher na menopausa?
A mulher na menopausa tem menos estrogênio e, com isso, sua região genital fica menos vascularizada. Assim, pode haver ressecamento genital e dificuldade para lubrificação.
Isso não quer dizer que a mulher não pode ficar lubrificada naturalmente! No entanto, como há menos vasos sanguíneos, o processo de formação de transudato pode ser mais lento e menos intenso. Além disso, a mulher na menopausa também pode contar com a secreção das glândulas.
O colo do útero auxilia na lubrificação vaginal?
O colo do útero também possui diversas glândulas produtoras de muco. A consistência do muco cervical sofre alteração pelo efeito dos hormônios e por isso muda de aspecto ao longo do ciclo menstrual.
Na fase ovulatória, o muco cervical é produzido em maior quantidade e então fica com aspecto de clara de ovo, o que também facilita a lubrificação vaginal.
Dicas para melhorar a sua lubrificação vaginal
Uma das principais causas de dor na relação sexual é a falta de lubrificação vaginal. Assim, se você não está lubrificada o suficiente, o atrito do pênis (ou dedo) com a vagina vai provocar incômodo e prejudicar o relaxamento, acabando com qualquer chance de prazer.
Pensando nisso, a seguir vou te dar dicas para melhorar a sua lubrificação natural da vagina. Isto é, sem precisar ficar parando a relação sexual para colocar lubrificante!
Conheça o seu corpo
Em boa parte dos casos, se conhecer é o melhor caminho para a lubrificação vaginal. Isso porque a prática da masturbação permite que você descubra como, onde e em que intensidade prefere ser tocada. Assim, a lubrificação ocorre mais facilmente.
Fantasie
Deixe sua imaginação fluir, tanto ao se masturbar quanto na cama com seu parceiro ou parceira. Ou seja, prepare o seu cérebro ao longo do dia.
Mesmo que as fantasias nunca saiam da sua cabeça, elas são ótimas para que seu cérebro entre no clima e libere os hormônios para que a lubrificação vaginal aconteça. O cérebro é o nosso maior órgão sexual!
Invista nas preliminares
Quanto maior for o estímulo, maior a vascularização da região genital e maior a lubrificação. Novamente, o autoconhecimento é muito importante para que a lubrificação aconteça de forma espontânea e natural.
Além disso, as preliminares ajudam que a mulher entre no clima e deixe o estresse e as preocupações longe do quarto. Afinal, a mulher precisa estar à vontade com o seu parceiro.
Lembre-se de que a lubrificação vaginal está associada à sua tranquilidade na hora do sexo, ao se permitir curtir o momento.
Fisioterapia pélvica
Os exercícios pélvicos estimulam a circulação sanguínea local, o que ajuda na lubrificação natural. O ideal é buscar a ajuda de um profissional fisioterapeuta, mas você pode inclusive fazer esses exercícios na sua casa, contraindo a musculatura que você usa para segurar o xixi.
Cremes de estrogênio
Mulheres que estão na menopausa podem sofrer com atrofia genital. A atrofia é um processo de ressecamento que ocorre naturalmente nessa fase da vida, devido à falta de estrogênio. Assim, os cremes de estrogênio ajudam a aumentar a vascularização da região genital, devolvendo a lubrificação.
Esses cremes não são usados durante a relação sexual, e sim fora delas, de duas a três vezes por semana.
Laser íntimo
Nem todas as mulheres podem usar cremes de estrogênio, como é o caso de mulheres que tiveram câncer de mama ou endométrio. Para essas mulheres, o laser íntimo é uma excelente opção para melhorar a lubrificação vaginal.
O laser íntimo também atua melhorando a vascularização da vagina e, assim, a sua lubrificação. Além disso, ele reestrutura o colágeno, e aumenta a elasticidade da vagina.
Está com pouca lubrificação vaginal?
Olá! Sou a Dra. Giulia Cerutti, médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica e em sexualidade humana.
Realizo atendimentos em ginecologia para mulheres de todas idades. Atuo na prevenção, diagnóstico e tratamento de várias doenças ginecológicas. Além disso, faço cirurgias em centro cirúrgico e consultório, além de laser íntimo.
Busco dar um atendimento único e que atenda às minhas pacientes de maneira integral. Cuido não somente da sua saúde física, mas também da sua saúde mental.
Comigo, você terá participação na decisão de seu tratamento. Ou seja, decidimos juntas o melhor tratamento para você.
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