Cuidar da saúde íntima é um ato de autocuidado e amor-próprio – mas, para muitas mulheres, esse cuidado ainda vem cercado de dúvidas, inseguranças ou até experiências negativas.
A ginecologia é a área da medicina que cuida da saúde da mulher em todas as fases da vida — da primeira menstruação até depois da menopausa.
Ela acompanha os ciclos do corpo, as mudanças hormonais, ajuda a prevenir doenças e oferece um espaço de escuta para queixas que muitas vezes são ignoradas ou mal compreendidas.
Neste artigo, quero te explicar o que é a ginecologia, quais doenças essa especialidade trata, como é (ou deveria ser) uma consulta de ginecologia, e também como é a minha abordagem, baseada em acolhimento, informação clara e respeito à sua individualidade.
Seja qual for a sua história, aqui você encontra um espaço seguro para entender melhor o seu corpo — e cuidar dele com tranquilidade.
Quem sou eu
Meu nome é Giulia e sou médica ginecologista.
Formada em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo, eu fiz a minha residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington, um dos maiores centros de referência da saúde da mulher da América Latina.
Acredito em um cuidado que vai além dos exames, com escuta atenta e tempo dedicado.
Minha consulta de ginecologia é um espaço de acolhimento, onde cada mulher é ouvida com calma e cuidada de forma completa — corpo, mente e história.
Veja algumas avaliações das minhas pacientes:
O que é a ginecologia?
A ginecologia é a área da medicina que cuida da saúde do sistema reprodutor feminino. Isso inclui o útero, ovários, trompas, vagina e mamas.
O ginecologista atua no diagnóstico, prevenção e tratamento de diversas condições, como infecções, alterações menstruais, endometriose, miomas, menopausa, HPV e muito mais.
Além do tratamento de doenças, a ginecologia também é fundamental para o acompanhamento regular da saúde da mulher, com exames preventivos, orientações sobre métodos contraceptivos, saúde sexual, planejamento reprodutivo e cuidados em todas as fases da vida — da adolescência à pós-menopausa.
Como deve ser uma consulta de ginecologia
A consulta de ginecologia é um momento de cuidado e atenção à saúde da mulher. Ela deve começar com uma conversa detalhada, onde a paciente pode falar sobre seu histórico de saúde, menstruação, vida sexual, sintomas ou dúvidas.
Essa escuta é essencial para que a ginecologista compreenda o contexto de cada mulher e possa oferecer orientações individualizadas.
Depois da conversa inicial, pode haver um exame físico, que inclui a avaliação das mamas, do abdome e da região íntima.
Quando necessário, são feitos exames preventivos, como o Papanicolau (citologia) ou coleta para o teste de HPV. Esses exames são rápidos e, quando realizados com delicadeza e respeito, não precisam ser desconfortáveis.
Em alguns casos, podem ser solicitados exames complementares, como ultrassonografias, exames laboratoriais ou colposcopia. Tudo depende da queixa ou do objetivo da consulta — seja prevenção, tratamento ou orientação.
O mais importante é que a paciente se sinta segura, bem informada e respeitada durante todo o processo. Uma boa consulta de ginecologia não é apenas técnica — ela também é acolhedora e sem pressa.
Como é a minha consulta ginecológica
Na minha consulta de ginecologia, o mais importante é que você se sinta segura, respeitada e bem orientada.
Por isso, começo sempre com uma escuta atenta: quero entender o que você está sentindo, quais são suas dúvidas e o que espera do atendimento. Não acredito em pressa quando o assunto é saúde — cada mulher tem sua história, e cada detalhe importa.
Depois dessa conversa inicial, avalio se é necessário realizar algum exame físico ou ginecológico. Sempre explico o que será feito, por que é necessário e como vai acontecer, para que você se sinta tranquila e no controle da situação.
Se for o caso, realizamos exames como Papanicolau e HPV, coleta de secreção, exame das mamas, entre outros — sempre com delicadeza e respeito ao seu tempo.
Quando preciso pedir exames complementares, explico com clareza para que servem e qual o próximo passo.
Também reservo um tempo para tirar todas as suas dúvidas — mesmo aquelas que você talvez ache pequenas ou “bobas”. Para mim, nenhuma dúvida é irrelevante.
Mais do que tratar doenças, meu objetivo é cuidar de você por completo — com orientação, prevenção e um olhar humanizado.
Quando buscar um atendimento em ginecologia?
Nem sempre é fácil saber o momento certo de procurar um ginecologista, mas alguns sinais ou situações indicam que é hora de marcar uma consulta. Veja quando buscar atendimento:
- Ao iniciar a vida sexual, para receber orientações sobre prevenção, saúde sexual e métodos contraceptivos.
- Para fazer exames preventivos de rotina, como o Papanicolau e o teste de HPV.
- Se tiver alterações no ciclo menstrual, como menstruação irregular, sangramento fora do período, fluxo intenso ou ausência de menstruação.
- Em caso de dor pélvica ou cólicas fortes, principalmente se forem frequentes ou atrapalharem suas atividades.
- Se notar corrimento com odor, cor diferente ou coceira, que podem indicar infecção ou desequilíbrio da flora vaginal.
- Quando sentir dor ou desconforto durante a relação sexual, o que pode ter diversas causas e precisa ser investigado.
- Para tirar dúvidas sobre métodos contraceptivos, ou mudar o método atual.
- Na menopausa e no climatério, para controle dos sintomas e orientações sobre saúde nessa fase.
- Ao perceber lesões na vulva, que podem ser verrugas, cistos e outras condições.
- Ao receber diagnóstico de HPV, miomas, cistos, endometriose ou qualquer condição ginecológica, para acompanhamento e tratamento adequado.
Além desses momentos, é sempre válido buscar um ginecologista sempre que sentir que algo está diferente no seu corpo ou se tiver dúvidas. O acompanhamento regular em ginecologia é uma forma de cuidar de si e prevenir problemas maiores.
Doenças mais comuns na ginecologia
A ginecologia abrange uma variedade de condições que podem afetar a saúde íntima da mulher. Algumas são mais frequentes e, quando diagnosticadas precocemente, têm tratamento simples e eficaz. Veja as principais:
- Infecção pelo HPV: é muito comum e, na maioria dos casos, não causa sintomas. Pode provocar verrugas genitais ou lesões no colo do útero, que precisam de acompanhamento.
- Candidíase: infecção fúngica que causa coceira, ardência e corrimento branco. É comum e pode surgir em momentos de baixa imunidade ou uso de antibióticos.
- Vaginose bacteriana: alteração da flora vaginal que provoca odor forte e corrimento acinzentado.
- Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): como clamídia, gonorreia, sífilis e herpes genital. Muitas vezes são silenciosas, por isso o rastreio é importante.
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP): alteração hormonal que pode causar menstruação irregular, acne, aumento de pelos e dificuldade para engravidar.
- Miomas uterinos: tumores benignos no útero que podem provocar sangramento, cólicas e, dependendo do tamanho dos miomas, aumento do volume abdominal.
- Endometriose: presença do endométrio fora do útero, geralmente associada a cólicas intensas, dor na relação sexual e infertilidade.
- Alterações menstruais: ciclos irregulares, ausência de menstruação, sangramento excessivo ou escapes devem sempre ser investigados.
- Menopausa e climatério: fase de transição hormonal que pode vir acompanhada de ondas de calor, insônia, secura vaginal, entre outros sintomas.
Essas são apenas algumas das condições que a ginecologia acompanha. Cada mulher é única, e os sintomas podem variar bastante. Por isso, o acompanhamento regular é essencial.
Procedimentos em ginecologia
Além das consultas e exames clínicos, a ginecologia também conta com procedimentos que vão desde intervenções simples no consultório até cirurgias mais complexas.
A escolha do procedimento depende do diagnóstico, da queixa da paciente e das possibilidades de tratamento para cada caso.
Veja alguns dos principais procedimentos que podem ser realizados por ginecologistas:
- Inserção de DIU (dispositivo intrauterino): método contraceptivo de longa duração, que pode ser hormonal ou de cobre, inserido no útero em consultório ou em centro cirúrgico.
- Implante subdérmico contraceptivo: bastonete hormonal colocado sob a pele do braço, que oferece proteção contra gravidez por até 3 anos.
- Cauterização de verrugas genitais: procedimento feito no consultório de ginecologia para remover verrugas causadas pelo HPV, que pode ser feito com ácido, laser ou eletrocautério.
- Laser íntimo: usado na ginecologia para tratar atrofia vaginal, incontinência urinária e outros sintomas genitais, especialmente na menopausa ou pós-parto.
- Conização do colo do útero: remoção de uma pequena parte do colo uterino com lesão causada pelo HPV, indicada em casos de lesões precursoras de câncer.
- Histeroscopia diagnóstica ou cirúrgica: exame realizado por via vaginal, com uma câmera, para avaliar o interior do útero e tratar pólipos, miomas ou aderências.
- Histerectomia (retirada do útero): pode ser feita de três formas:
- Laparoscópica: por pequenas incisões na barriga, com recuperação mais rápida;
- Aberta (laparotomia): com corte maior no abdome, indicada em casos mais complexos;
- Vaginal: quando o útero é retirado por via vaginal, sem cortes na barriga.
- Bartolinectomia: cirurgia para retirada da glândula de Bartholin, indicada em casos de cistos ou abscessos recorrentes.
- Cirurgia para incontinência urinária: técnicas cirúrgicas para tratar a perda involuntária de urina, melhorando qualidade de vida e autoestima.
- Ninfoplastia: cirurgia para redução dos pequenos lábios ou correção de assimetrias.
- Perineoplastia: cirurgia íntima que corrige a frouxidão ou alargamento do períneo. Ela melhora tanto a estética quanto a função da região, podendo reduzir desconfortos e aumentar a satisfação sexual.
- Correção de prolapsos genitais: realizadas para corrigir o deslocamento de órgãos como bexiga, útero ou reto, que podem “descer” em direção à vagina.
- Laqueadura tubária: método de contracepção definitivo.
- Ooforectomia: cirurgia de retirada de um ou ambos os ovários, indicada em casos como cistos persistentes, tumores ovarianos ou prevenção de câncer em mulheres com alto risco genético. Pode ser feita por via laparoscópica ou aberta, dependendo do caso.
- Ooforoplastia: cirurgia para retirada de cistos ovarianos, com o objetivo de manter a função ovariana e a fertilidade sempre que possível.
Nem todos os procedimentos são indicados para todas as pacientes. Por isso, é fundamental uma avaliação cuidadosa para definir a melhor conduta para cada caso.
Quais tratamentos eu realizo no consultório
Além da escuta atenta e da investigação cuidadosa de cada caso, também ofereço uma variedade de tratamentos voltados para diferentes necessidades da saúde ginecológica.
Meu objetivo é sempre escolher a melhor abordagem para cada paciente, com base na ciência, na individualidade de cada corpo e no respeito às suas escolhas.
A seguir, explico alguns dos principais tratamentos que realizo no consultório — tanto os clínicos quanto os cirúrgicos — e em quais situações eles costumam ser indicados.
Tratamento para HPV
Sou médica ginecologista, especializada em oncologia ginecológica — a área da ginecologia que se dedica ao cuidado dos cânceres do aparelho genital feminino, como os cânceres de colo do útero, vagina e vulva, que na maioria das vezes estão relacionados ao HPV.
Por isso, tenho ampla experiência no diagnóstico, acompanhamento e tratamento do HPV.
Entre os procedimentos que realizo, estão, entre outros:
- Conização/CAF
- Laser de CO2
- Eletrocauterização
- Aplicação de ATA (ácido tricloroacético)
- Imunomoduladores
Por meio destas técnicas, é possível realizar o tratamento de lesões precursoras de câncer (por exemplo, tratamento da NIC) e das verrugas genitais.
Porém, comigo, o tratamento do HPV vai muito além dos procedimentos realizados.
Eu entendo que o diagnóstico de HPV pode causar uma avalanche de emoções e sentimentos na mulher: ansiedade, medo, tristeza, e vários outros.
Por isso, eu te ajudarei a superar o HPV por completo. Te darei apoio psicológico para se soltar das amarras que a infecção te trouxe. Te ouvirei e te acolherei sem julgamentos.
Diagnóstico e tratamento de corrimentos
O corrimento vaginal é uma queixa muito comum na ginecologia.
Nem sempre o corrimento é um sinal de problema. No entanto, quando vem acompanhado de coceira ou alterações na cor, no odor, na consistência ou no volume desse corrimento, pode significar alguma infecção vaginal.
Para identificar corretamente a causa de um corrimento anormal, é fundamental uma avaliação médica detalhada.
Somente a anamnese e o exame físico não são suficientes para chegar a um diagnóstico preciso em até 70% dos casos. Por isso, a análise microscópica da secreção vaginal é essencial.
As causas mais frequentes de corrimento vaginal são:
- Vaginose bacteriana: corrimento acinzentado, fluido e com bolhas, acompanhado de odor.
- Candidíase: corrimento espesso, branco, com grumos, acompanhado de coceira e ardência.
- Vaginose citolítica: corrimento branco, coceira e ardência.
- Tricomoníase: corrimento amarelado ou esverdeado.
Ninfoplastia
A ninfoplastia, também chamada de labioplastia, é uma cirurgia íntima que tem como objetivo reduzir o tamanho ou corrigir assimetrias dos pequenos lábios vaginais.
Muitas mulheres procuram esse procedimento por desconforto físico — como dor ao usar roupas apertadas, durante a prática de exercícios ou nas relações sexuais — ou por questões estéticas, quando sentem incômodo com a aparência da região íntima.
É importante saber que há variações naturais no formato e tamanho dos pequenos lábios, mas quando isso interfere na qualidade de vida, a ninfoplastia pode ser uma opção segura e eficaz.
Além da cirurgia convencional, a ninfoplastia também pode ser feita com o uso do laser de CO2, em ambiente ambulatorial. Essa técnica tem ganhado destaque por permitir uma recuperação mais rápida, com menor sangramento e menos desconforto no pós-operatório.
Bartolinectomia
A bartolinectomia é uma cirurgia realizada para remover a glândula de Bartholin, que fica localizada na região íntima da mulher, próxima à entrada da vagina.
Essa glândula tem a função de lubrificar a região, mas pode ficar obstruída e formar cistos (bolsas de líquido) ou abcessos (acúmulo de pus), causando dor, inchaço e dificuldade para sentar ou caminhar.
Quando esses episódios se tornam recorrentes ou muito incômodos, a remoção da glândula — ou bartolinectomia — pode ser indicada como tratamento definitivo.
Em alguns casos, é possível tratar de forma menos invasiva, como com o uso de laser de CO2 em ambiente ambulatorial. Essa técnica pode acelerar a recuperação e reduzir o risco de complicações.
Laser íntimo
O laser íntimo é um tratamento moderno, não cirúrgico, que utiliza tecnologias como o laser de CO2 para estimular a regeneração da mucosa vaginal e melhorar a saúde íntima da mulher.
Ele é indicado para diversos incômodos, como:
- Ressecamento vaginal: é a diminuição da lubrificação natural da vagina, que pode causar ardência, coceira e dor na relação sexual. É comum na menopausa e durante a amamentação.
- Incontinência urinária leve: é a perda involuntária de pequenas quantidades de urina, geralmente ao tossir, rir, espirrar ou fazer esforço, ou após uma súbita vontade de urinar.
- Sensação de flacidez genital: é a percepção de que a vagina está mais “larga” ou com menos firmeza, o que pode ocorrer após partos, com o envelhecimento ou queda na produção de colágeno.
Durante a aplicação, o laser age promovendo a produção de colágeno e melhorando a vascularização da região íntima, o que resulta em mais firmeza, hidratação e conforto.
O laser íntimo é uma alternativa segura e eficaz para quem busca melhorar sintomas do climatério, pós-parto ou desconfortos íntimos do dia a dia, com resultados progressivos e duradouros após poucas sessões.
Tratamento para menopausa
O período da menopausa pode ser uma fase de intenso sofrimento para tantas mulheres.
Fogachos (ondas de calor), insônia, irritabilidade e secura vaginal são apenas alguns dos sintomas que podem estar presentes neste período da vida da mulher.
Eu tenho muita experiência e conhecimento para ajudar mulheres a passarem por esta fase da vida, recomendando tanto terapias de reposição hormonal quanto tratamentos livres de hormônios.
Além de prescrever medicamentos, eu também realizo o laser íntimo, técnica utilizada para alívio do ressecamento genital.
Comigo, o tratamento da menopausa vai muito além dos medicamentos e procedimentos.
Eu te ajudarei a passar por essa fase difícil por completo. Te darei apoio psicológico, te ouvirei e te acolherei.
Contracepção
Em uma consulta de ginecologia, é muito importante que a mulher seja orientada quanto a métodos contraceptivos.
Caso você esteja precisando de um método para não engravidar, eu te explicarei detalhadamente sobre todos os métodos disponíveis no mercado.
Além disso, falaremos sobre seus prós e contras, seus riscos e benefícios. Assim, você poderá escolher qual o melhor método para o seu estilo de vida.
Além de te ajudar a escolher o seu método contraceptivo, eu também realizo os seguintes procedimentos:
- Inserção de DIU em consultório
- Inserção de DIU em centro cirúrgico sob sedação
- Inserção do Implanon (implante contraceptivo)
- Laqueadura tubária
Sexualidade humana
Você já quis relatar alguma questão sexual em uma consulta de ginecologia mas sentiu vergonha, ou medo de ser julgada? Talvez, até mesmo por ter tido alguma experiência ruim com outro profissional no passado?
Ficou a consulta inteira ensaiando para relatar o problema, e só criou coragem nos últimos cinco minutos de consulta?
Pois saiba que isso é mais comum do que você imagina.
Falar sobre sexualidade ainda é um tabu para muitas mulheres.
Como especialista em Sexualidade Humana, adquiri muita experiência em abordar questões sexuais das minhas pacientes. Em nossa consulta, eu te deixarei à vontade para relatar tudo o que está acontecendo.
As queixas sexuais mais comuns entre as mulheres são:
- Baixa libido: é a diminuição do desejo sexual. A pessoa sente pouco ou nenhum interesse por sexo, o que pode estar relacionado a fatores hormonais, emocionais, estresse ou problemas no relacionamento.
- Anorgasmia: é a dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo, mesmo com estímulo sexual adequado. Pode ter causas físicas, psicológicas ou ser efeito colateral de medicamentos.
- Dor na relação sexual (dispareunia): é a dor sentida durante ou após o contato íntimo. Pode acontecer por causas físicas (como infecções, ressecamento vaginal ou endometriose) ou emocionais, como ansiedade ou traumas.
Perineoplastia
A perineoplastia é uma cirurgia da ginecologia feita para reparar e fortalecer a região do períneo — área entre a vagina e o ânus — que pode ter sofrido lesões durante partos ou ter enfraquecido com o passar dos anos.
Quando essa região fica enfraquecida ou com cicatrizes mal formadas, é comum a mulher sentir flacidez ou diminuição do prazer nas relações sexuais.
Durante a cirurgia, o médico remove o excesso de pele e reforça a musculatura da região, deixando o canal vaginal mais firme e a abertura vaginal mais adequada.
A perineoplastia pode melhorar não só o conforto e a função íntima, mas também a autoestima da mulher.
A indicação do procedimento deve sempre ser feita após avaliação ginecológica individualizada.
Laqueadura tubária
A laqueadura tubária é um método contraceptivo definitivo, feito para evitar a gravidez de forma permanente.
Durante o procedimento, as trompas uterinas são cortadas ou amarradas, impedindo que o óvulo encontre o espermatozoide. É indicada para mulheres que têm certeza de que não desejam mais engravidar.
A cirurgia pode ser feita por via laparoscópica (com pequenas incisões no abdome), ou por cirurgia aberta, por meio de um corte no abdome.
Cirurgia para incontinência urinária
A cirurgia para incontinência urinária é indicada quando tratamentos clínicos não são suficientes para controlar a perda involuntária de urina, especialmente em casos de incontinência urinária de esforço — aquela que ocorre ao tossir, espirrar, rir ou fazer esforço físico.
O objetivo da cirurgia é oferecer mais suporte à uretra, reduzindo ou eliminando os escapes de urina.
O tipo mais comum de cirurgia é o “sling” (ou fita suburetral), em que uma pequena faixa de material sintético ou tecido da própria paciente é colocada sob a uretra para sustentá-la.
A cirurgia costuma ter bons resultados e pode melhorar significativamente a qualidade de vida da mulher, devolvendo segurança e bem-estar no dia a dia.
Cirurgia para prolapso genital
A cirurgia para prolapso genital é indicada quando os órgãos pélvicos — como útero, bexiga ou reto — descem de sua posição normal e causam sensação de “bola” na vagina, pressão pélvica ou desconforto.
Isso pode acontecer por enfraquecimento dos músculos e ligamentos da região pélvica, especialmente após partos ou com o envelhecimento.
O tipo de cirurgia varia conforme o órgão afetado e o grau do prolapso. Na maioria das vezes é feita por via vaginal, com técnicas que reposicionam e sustentam os órgãos com pontos, telas ou com o próprio tecido da paciente.
Histerectomia (retirada do útero)
A histerectomia é a cirurgia para retirada do útero e pode ser indicada por diversos motivos, como miomas, sangramentos anormais, prolapsos genitais, adenomiose ou até casos de câncer ginecológico.
Após a retirada do útero, a mulher não menstrua mais e não pode engravidar. Dependendo da situação, os ovários e as trompas também podem ser removidos.
Existem diferentes vias para realizar a histerectomia, e a escolha depende do caso clínico, do tamanho do útero e da experiência da equipe médica:
- Histerectomia laparoscópica: feita por pequenas incisões no abdome, com o auxílio de uma câmera. É minimamente invasiva e permite recuperação mais rápida.
- Histerectomia abdominal (aberta): feita por uma incisão maior no abdome. Geralmente indicada em casos de útero muito aumentado ou doenças mais complexas.
- Histerectomia vaginal: o útero é retirado por dentro da vagina, sem cortes no abdômen. É menos invasiva e tem recuperação rápida, mas só é possível em casos selecionados. Uma das principais indicações é o prolapso genital.
A recuperação varia de acordo com a via cirúrgica, mas, em geral, exige repouso nas primeiras semanas, evitando esforço físico e relações sexuais temporariamente.
A histerectomia pode trazer alívio importante de sintomas e melhorar a qualidade de vida quando bem indicada.
Ooforectomia e ooforoplastia (cirurgias dos ovários)
Ooforectomia é a cirurgia para retirada de um ou dos dois ovários. Pode ser indicada em casos de cistos grandes, tumores, endometriose grave, torção do ovário ou risco de câncer.
Quando os dois ovários são removidos (ooforectomia bilateral), a mulher entra na menopausa imediatamente, com suspensão da produção hormonal. O procedimento pode ser feito por via laparoscópica ou abdominal (aberta).
Ooforoplastia é a cirurgia de preservação e reconstrução do ovário. É indicada quando há lesões que precisam ser retiradas, como cistos ou endometriomas, mas com o objetivo de manter o ovário e sua função.
A ooforoplastia é uma opção importante em mulheres que desejam preservar a fertilidade ou evitar a menopausa precoce.
Histeroscopia cirúrgica
Histeroscopia cirúrgica é um procedimento minimamente invasivo feito para tratar alterações dentro do útero, como pólipos, miomas, aderências (sinéquias) ou alterações no endométrio.
É realizada com o auxílio de uma câmera, que é introduzida pela vagina e permite visualizar o interior do útero em tempo real, sem cortes.
Durante o exame, instrumentos delicados são inseridos para realizar o tratamento necessário, como remover lesões ou corrigir anomalias.
Conclusão
Cuidar da saúde ginecológica é mais do que fazer exames — é um passo importante para entender seu corpo, prevenir doenças e viver com mais qualidade e segurança.
A ginecologia acompanha a mulher em diferentes fases da vida, oferecendo suporte, orientação e tratamento com base na ciência e no respeito à individualidade de cada paciente.
Aqui no meu consultório, meu compromisso é oferecer um atendimento humano, sem pressa, com escuta atenta e decisões compartilhadas.
Cada mulher que chega até mim é recebida com respeito, acolhimento e informação clara, porque acredito que você tem o direito de se sentir segura ao cuidar da sua saúde.
Se você está buscando uma ginecologista que valorize a sua história e as suas escolhas, será um prazer te receber.
Agende sua consulta e venha cuidar de você com tranquilidade e confiança.
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